domingo, 19 de junho de 2011

Marcha das Vadias em Brasília

No sábado, dia 18, o CPM teve o prazer e a ousadia de participar da Marcha das vadias em Brasília. A Marcha é uma resposta à sociedade machista que culpa as mulheres pela violência sexual que sofrem. Nascido no Canadá, o movimento tem corrido o mundo e mulheres de vários países estão marchando para denunciar que somos vítimas e não culpadas dos estupros que sofremos todas sofremos todos os dias. O termo "vadia" é usado justamente pelos machistas para inferiorizar a mulher que tem uma conduta sexual fora dos padrões estabelecidos pela sociedade e por isso mesmo foi definido para dar o nome da marcha que no Canadá recebeu o nome de SlutWalk. "Se ser vadia é ser livre, somos todas vadias!" 


A Marcha de Brasília contou com cerca de mil pessoas que andaram pela Capital Federal entoando palavras de ordem como "Vem, vem, vem pra rua vem, contra o machismo", "1,2,3,4,5,mil qual é o problema com a puta que pariu?", "Mexeu com uma, mexeu com todas" e não faltou críticas ao CQC. "Ô CQC faça o favor, porque estupro não é humor", em referência ao "humorista" Rafinha Bastos que afirmou que mulher feia deveria agradecer o estuprador. "O corpo é meu. O que você pensa dele é problema seu."


Muitas mulheres, homens e crianças, e até cachorros estavam juntos para mostrar à sociedade brasiliense que as mulheres não vão mais aceitar serem responsabilizadas pelos crimes dos quais são vítimas. "Ensine os homens a não estuprar e não as mulheres a não temer". O humor esteve presente em todo o evento. A marcha foi animada, espontânea e feminista acima de tudo!" Respeito é sexy, machismo brocha." Somente no início do ano já foram mais de 280 casos de estupro em Brasília.


A sociedade impõe as roupas que as mulheres devem vestir. Quem sair desse padrão será chamada de vadia, puta, piranha e claro, estava pedindo para ser estuprada. E um homem que sai sem camisa na rua? O que ele quer? Ser estuprado também?


A pequena isabela, nos ombros do pai, entoava as palavras de ordem; "Mexeu com uma, mexeu com todas".

 O rapaz vestido de Jesus com a placa "Jesus ama as vadias" foi uma das figuras mais humoradas e requisitadas na marcha. 


Centro Popular da Mulher na Marcha das Vadias. Ana Carolina Barbosa, Lis lemos, Paula Rincón, Lígia e Carolina Tokarski. A Lúcia Rincón participou da concentração da Marcha e depois nos manda mais fotos.








domingo, 12 de junho de 2011

8 º CONGRESSO DA UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES


Na manhã deste sábado (11) o debate sobre a participação das mulheres na política e no mercado de trabalho foi pauta no 8º Congresso da União Brasileira de Mulheres (UBM), que ocorre até domingo (12) em Praia Grande (SP). A conferência “Participação política da Mulher e o novo Projeto Nacional de Desenvolvimento” contou com a participação da secretária da questão da mulher do PCdoB, Liège Rocha, e a representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) Beatriz Helena Matté Gregory.

Beatriz apresentou dados sobre a feminização da pobreza. Ela informou que nas cidades brasileiras 56% dos pobres são mulheres. A representante da APM fez questão de apresentar também o recorte étnico, relatando que 70.8% dos pobres no país são negros e negras. “Como a ministra tem dito, a pobreza neste país tem sexo e tem cor”, afirmou.

Ela defendeu que as políticas sociais para as mulheres são uma responsabilidade do Estado e explicou que essas políticas devem ser marcadas pela intersetorialidade, “pois a questão da mulher está ligada a questões de trabalho, de educação, de saúde, etc. e precisam ser assumidas pelos governos”.

Autonomia

Beatriz explicou que a SPM tem levantado como eixo central a luta pela autonomia das mulheres, como condição inclusive para aumentar a participação política delas. “Elegemos uma mulher e temos agora 11 ministérios puxados pelas mulheres. Isso é extremamente significativo e simbólico para nós. Mostra que a mulher pode, como disse a presidente Dilma”, disse.

Segundo uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo, explicou Beatriz, 78% das mulheres brasileiras hoje dizem que se sentem capazes de governar o nosso país em qualquer instância e 80% dizem que compreendem a importância da participação política. Para a representante da FPA, isso precisa se refletir na representação no Executivo e no Legislativo.

“A compreensão de que aos homens é reservado o espaço público e às mulheres o privado é naturalizada e faz parte do processo educacional da nossa sociedade patriarcal”, disse Beatriz, problematizando a questão da mulher continuar sendo a única “cuidadora” mesmo quando assume o papel de “provedora”, antes reservado aos homens.

Reforma Política

No final da sua intervenção, Beatriz defendeu financiamento público e lista fechada com alternância de gênero na Reforma Política e arrematou: “precisamos das mulheres na ciência, na cultura, nas artes, na comunicação, produzindo na cidade, nos campos, nas florestas , nos rios. Para isso, precisamos mudar as condições objetivas da participação das mulheres.

Precisamos de protagonismo, mulheres à frente dessas lutas. Como a ministra falou na ocasião do 8 de março, quando as mulheres transformam a sua situação, a sua vida, elas também transformam a vida do nosso país. Para ter um país justo, seguramente temos que trazer o conjunto das mulheres para participar dessas lutas na construção do nosso país”.

Projeto nacional de desenvolvimento

Liège Rocha concentrou sua intervenção na participação das mulheres na construção do projeto nacional de desenvolvimento: “a implementação de um projeto nacional de desenvolvimento exige nação forte, para isso é preciso uma ampla participação popular e a UBM tem um papel importante a jogar, fortalecendo a organização e a mobilização das mulheres”, afirmou.
A dirigente do PCdoB listou algumas tarefas e desafios fundamentais no sentido de construir o projeto de desenvolvimento almejado pelas militantes da UBM, dentre os quais a efetiva democratização do país, com garantia de acesso a cidadania, aos direitos sociais a toda a população. Liège defendeu a laicidade do Estado e a garantia da universalidade dos direitos sociais. “Não podemos conviver com racismo, homofobia e intolerância religiosa”, completou.
Para Liège, apesar dos avanços, as mulheres continuam discriminadas no trabalho e permanecem sub-representadas nos espaços de poder. Ela disse, ainda, que “não é possível pensar desenvolvimento sem soberania e defesa da nação” e defendeu a integração solidária do Brasil com os outros países da América Latina.

Por fim, ela falou sobre a Reforma Política: “conquistamos 5% da verba partidária para capacitação das mulheres e 10% do tempo de TV. Ainda não conquistamos a punição para o não cumprimento da cota de 30%. Precisamos cobrar dos partidos que ao menos cumpram isso”, disse para em seguida provocar: “precisamos estar atentas a estas conquistas, pois queremos chegar ao poder”. Ela defendeu também a lista partidária fechada com alternância de gênero.

De Praia Grande (SP), Luana Bonone

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Plenária de Goiás para o Congresso da UBM


O 8º Congresso da União Brasileira de Mulheres (UBM) começa na quinta, 10 e contará com a presença de cerca de 400 mulheres de todo o Brasil. Claro, que o Centro Popular da Mulher de Goiás (CPM-GO) estará presente com suas diretoras e filiadas.

Para se preparar para o Congresso, o CPM realizou uma atividade no dia 28 de maio na Câmara de Vereadores para discutir a Participação Política da Mulher e o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. Esse é também o tema principal do congresso da UBM.

Para o debate participaram a Assessora da Mulher da prefeitura de Goiânia, Teresa Sousa, e a diretora da União Brasileira de Mulheres, Lúcia Rincón.

Participaram da mesa de abertura, a ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Delaíde  Miranda Arantes, a secretária de Mulheres do PCdoB, Dila Resende, a diretora da União Brasileira de Mulheres, Eline Jonas, além da presidenta do Centro Popular da Mulher, Ana Carolina Barbosa.
 




 A diretora do CPM, Letícia Érica, apresentou uma bela declamação do poema A Operária em Construção, parafraseando o poema de Vinícius de Moraes. Ouso dizer que vi muitas pessoas de lágrimas nos olhos.







As falas do público presente foram acaloradas. Cada mulher levou para a discussão temas importantes e que passam quase esquecidos pela mídia e pelos detentores do poder. O protagonismo feminino, a situação dos povos originários, o corpo das mulheres, o preconceito com as mulheres no poder, em especial a presidenta Dilma Rousseff, as diferenças salariais entre os gêneros e o que a discussão sobre o feminismo, foram alguns dos pontos discutidos. 

terça-feira, 7 de junho de 2011

Acordei com vontade de fazer um aborto (Lis Lemos*)


Acordei hoje sem saber se pintava as unhas ou comprava um sapato novo. Fiquei na dúvida e resolvi fazer um ABORTO. É isso mesmo. Sabe o quê que é? Adoro fazer abortos. Sim, é quase um hobby. Adoro ir a um açougue qualquer, pagar muito dinheiro, sempre varia de acordo com o grau de desespero e sua cara, se tem cara de pobre, ou classe média. Você sabe, né, que as madames têm lá os médicos delas que fazem isso rapidinho né? Chamam até de spa. Então, se você for pobre, preta, novinha, tá ferrada. Mas então, eu tenho uma vida de puta mesmo. Adoro sair dando por aí, sem nem ligar pra quem, sem me preocupar, porque aí depois eu faço um aborto e tudo se resolve. Os padres, os bispos, as igrejas é que estão certas de querer proibir o aborto mesmo. Até porque depois que o filho nasce são eles mesmos que cuidam né?

A minha impressão é que os políticos-religiosos enxergam as mulheres como vadias, seja lá o que esse termo queira dizer, que adoram fazer um abortozinho pra relaxar. É a única explicação plausível para hipocrisia em que eles nadam e à qual querem nos condenar. É a única explicação para ignorarem que são feitos em média 1 milhão de abortos ilegais no país e que milhares de mulheres simplesmente morrem por conta disso. E que não cabe a ninguém julgar a conduta sexual dessas mulheres, e que a maioria das mulheres que fazem aborto têm um relacionamento estável e se declaram religiosas. E que proibir, condenar uma mulher à prisão não diminui os números. Talvez seja esse o problema. Quando vemos números achamos normal. Temos que começar a falar das Joanas, das Anas, Gabrielas, Leilas, Carolinas que morrem todos os dias. E, claro, não há dúvidas de que se os homens engravidassem, o aborto já seria legalizado há muito tempo.

Lis Lemos é Jornalista e Vice-Presidenta do Centro Popular da Mulher de Goiás

quinta-feira, 19 de maio de 2011

CENTRO POPULAR DA MULHER E IFG NA LUTA CONTRA O ABUSO SEXUAL INFANTIL

O campus de Luziânia do Instituto Federal de Goiás (IFG), em parceria com Centro Popular da Mulher de Goiás, promoveu nesta quarta-feira, 18 de maio, palestras para alunos e professores da Escola Municipal Dilma Roriz Medeiros (escola de aplicação da UEG) em conscientização ao Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes.


Voltada a um público-alvo de 5 a 14 anos, a Professora do campus e Diretora do CPM, Letícia Érica Ribeiro, orientou as crianças sobre como se prevenir do abuso sexual, o que fazer caso sofram e a quem recorrer. “Os professores são as pessoas mais indicadas para fazer essa atuação de prevenção com as crianças. O educador pode mudar a vida de uma pessoa por meio da conscientização”, comentou Letícia.










Cerca de 160 crianças participaram da atividade que os interagiu por meio de estórias e música. “Eu aprendi que um adulto não pode tocar no meu corpo. E que se alguma coisa acontecer, eu tenho que contar para minha mãe”, afirmou a aluna Iara Nunes da Silva, 10 anos.



Papel do educador

Outro foco foi dado aos professores da escola municipal. A psicóloga do campus, Lígia Cavalcante, deu orientações de como identificar alunos que sofrem abuso sexual, como abordá-los e quais os procedimentos a serem encaminhados. “Abuso sexual não é apenas o ato sexual em si, também é caracterizado por gestos e palavras. A criança precisa ser respeitada e tem direito à sua integridade física”, disse a psicóloga.

Para a supervisora da escola, Cecília Silva de Amorim, é fundamental que os docentes tenham noções de como agir em relação ao abuso sexual contra crianças e adolescentes. “Os professores lidam diretamente com os alunos, por isso é importante ter conhecimento sobre o assunto, saber como tratar em sala de aula para não causar transtornos e quais as providências devemos tomar caso percebamos alguma coisa”.






Coordenação de Comunicação Social / Campus de Luziânia – 19/5/2011
http://www.luziania.ifg.edu.br/index.php/component/content/article/342-ifg-no-combate-ao-abuso-sexual-contra-criancas-e-adolescentes




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terça-feira, 17 de maio de 2011

8º Congresso UBM debaterá a mulher na política e o projeto nacional de desenvolvimento .

Ativistas da União Brasileira de Mulheres (UBM) de todo o país estarão participando nos dias 10, 11 e 12 de junho, na cidade de Praia Grande (São Paulo), da oitava edição do Congresso Naciona da UBM. As temáticas da luta feminista que têm de estar na pauta do congresso nacional fará partes dos debates presente neste evento que tem como tema central “A participação política da mulher e o desenvolvimento do Brasil".

Os principais objetivos do VIII Congresso Nacional da UBM são a eleição da nova direção da entidade para o triênio 2011 a 2014 e a efetivação do plano de ação para fazer avançar as metas definidas pela entidade. Também será discutido os desafios das mulheres no enfrentamento das desigualdades sociais, na participação política e o novo projeto nacional de desenvolvimento, na luta pela valorização do trabalho, nos direitos sexuais e reprodutivos, na luta contra a violência doméstica e familiar contra as mulheres, na reforma urbana e meio ambiente, na questão da cultura e na mídia, bem como as estratégias de luta e a importância da sua organização.

Para a coordenadora nacional da UBM, Elza Maria Campos, este VIII Congresso é o coroamento da trajetória de quase 23 anos da entidade na luta contra as desigualdades de gênero, na defesa das políticas públicas e na construção da corrente emancipacionista. “É um marco na efetiva busca pela ampliação dos espaços de poder em todas as organizações da sociedade, na denúncia da violência de gênero, pelos direitos sexuais e reprodutivos e, particularmente, pela garantia do trabalho como ferramenta central para a autonomia econômica da mulher”, destacou Elza.

Segundo Elza, o congresso se realiza em um momento particular e fundamental da vida do país, sobretudo, pela eleição da primeira mulher presidenta do Brasil. Mas também porque duas décadas das lutas históricas da UBM para construir um Brasil com justiça social, democracia e liberdade.

Mulher e Desenvolvimento do Brasil - A temática central do VIII Congresso será a Participação Política da Mulher e o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, e terá como subtemas: Trabalho e Autonomia Econômica, Educação Inclusiva, Não Sexista, não homofóbica, Cultura e Mídia, Reforma Urbana e Meio Ambiente e A luta contra a violência Doméstica e Familiar. Antes da realização do congresso nacional, as coordenadorias estaduais da UBM farão encontros, plenárias e/ou Congressos Estaduais, para debater o regimento do evento. As atividades serão divulgadas aqui no site da UBM.

O evento acontece nos dias 10, 11 e 12 de junho, na cidade de Praia Grande (São Paulo). As ubemistas ficarão alojadas na Colônia de Férias dos Têxteis, que comporta 290 lugares, e também nos Metalúrgicos (200 lugares).

Mais informações sobre o evento:


Comunicação da UBM: ubmulheres@ubmulheres.org.br

quarta-feira, 30 de março de 2011

4ª Jornada Feminina de Futebol Society


Mulheres são homenageadas na 4ª Jornada Feminina de Futebol Society realizada pela SEMEL

A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMEL) realiza mais uma Jornada Feminina de Futebol Society nos dias 02 e 03 de abril de 2011 no Clube do SindiGoiânia, no Parque Amazônia.

A Quarta edição do torneio que tem apoio da Assessoria da Mulher da Prefeitura de Goiânia, do Sindiclub Buritis, da Federação de Futebol Society e do Centro Popular da Mulher será disputado nestes dois dias, por 17 clubes femininos que se inscreveram até dia 25 de março.

No sábado às 15 horas será a abertura do torneio com um desfile das atletas, seguida dos jogos. No domingo, a disputa terá início às 9 horas, finalizando com premiações e confraternização às 12h30 com a presença do secretário municipal de esporte e lazer, Luiz Carlos Orro, autoridades e representantes de movimentos sociais que foram convidados.

Os três primeiros lugares serão premiados com troféus, medalhas e um conjunto de uniforme.

Para o secretário Luiz Carlos, independente de qual seja a equipe vencedora, “é importante ressaltar que a garra, coragem e talento dessas garotas que superam a cada dia os obstáculos e preconceitos provam que futebol pode ser coisa de mulher, sim”.

Histórico

A lançamento da primeira Jornada ocorreu em 2008 com debates, palestras, mostra de filme, atração cultural e debate sobre a discriminação da mulher em várias áreas e principalmente no esporte. O Torneio teve a participação de 14 equipes e contou com a presença da medalhista de ouro dos Jogos Pan-americanos, Andréia dos Santos, a “Maycon”, jogadora da Seleção Brasileira de Futebol Feminino que se disse encantada com a iniciativa, e se definiu como madrinha da Jornada.

Em 2009, 16 times participaram, em 2010, foram 19 equipes. A quarta edição contará com a participação de 17 clubes.

O Diretor de lazer da SEMEL, professor Aguinaldo Lourenço, responsável pelo torneio, apontou a importante contribuição dos clubes na participação destes torneios, segundo ele, mesmo enfrentando preconceitos e consequentemente a dificuldade de arrecadar fundos, a disputa tem sido importante para dar continuidade na vida dos times femininos. "Temos que valorizar o futebol feminino", disse o professor.

As edições da Jornada têm o envolvimento de cerca de 300 mulheres, que independentemente de idade, raça, classe social e credo, se envolveram no campeonato para celebrar o Dia Internacional da Mulher.

Mais informações: 3524-5021, ou via e-mail lazersemel@gmail.com.

4ª Jornada Feminina de Futebol Society
Data: 02 e 03/04/2011
Horários: sábado, às 15h - Domingo: das 9h às 12h30
Local: SindiClub Buritis
End.: Av. Belo Horizonte com Juazeiro do Norte. Pq. Amazônia

terça-feira, 8 de março de 2011

O Centro Popular da Mulher no Carnaval da Prevenção



No Dia 8 de março o CPM/UBM-GO participou do Bloco da Mulher Prevenida, que percorreu algumas ruas de Goiânia conscientizando as mulheres da importância de se prevenir e lutar contra a feminização do HIV, de combater a violência contra a mulher e de continuar lutando  por direitos ainda não conquistados.

Com chapéus de bruxas, reforçando o símbolo da Entidade, as diretoras do CPM distribuíram cerca de 500 kits prevenção, contendo preservativos femininos e masculinos.


O Bloco da Mulher Prevenida foi organizado pela Secretaria da Mulher e da Igualdade Racial com a participação de Entidades da Sociedade Civil.






Centro Popular da Mulher participa de Comemoração ao Dia Internacional da Mulher na Cidade de Abadia de Goiás


No último dia 04 de março, o CPM/UBM participou da Comemoração ao Dia Internacional da Mulher promovida pela Rádio Sol  de Abadia de Goiás. Foi um dia festivo que contou com várias apresentações culturais, homenagens às mulheres destaques da cidade e a escolha da Garota Rádio Sol.

A Presidenta do Centro Popular da Mulher de Goiás, Ana Carolina Barbosa, na sua fala de abertura do evento, ressaltou que o Dia 8 de março é também um dia para se lembrar da luta das mulheres e refletir sobre a importância de continuar lutando por um mundo  onde possamos viver as  diferenças com direitos iguais.

Política de eliminação da miséria deve ser focada na mulher


Em mensagem divulgada nesta terça-feira por ocasião do Dia Internacional da Mulher, a presidente Dilma Rousseff afirma ter como "objetivo fundamental" a "erradicação da pobreza extrema".

Ela diz estar convencida de que uma política bem-sucedida de eliminação da miséria deve ser focada na mulher e na criança.

"No Brasil, a pobreza tem cara: ela é muito feminina, está ligada às mulheres. Quanto mais pobre a família, maior a chance de que ela seja chefiada por uma mulher. Estou convencida de que uma política bem-sucedida de eliminação da miséria deve ser focada na mulher e na criança."

Segundo Dilma, programas como o Minha Casa Minha Vida, o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) Mulher ou o Bolsa Família são eficientes porque privilegiam as mulheres.

"No Dia Internacional da Mulher, quero ressaltar que a eliminação da discriminação de gênero e a valorização das mulheres e das meninas são estratégias indispensáveis para alcançarmos êxito em nossa luta contra a pobreza."

A presidente destacou a Lei Maria da Penha como sinal de progresso no combate à violência contra as mulheres.

"Mas ainda há muito por fazer. Temos o compromisso sagrado de enfrentar essa questão, intensificando e ampliando as medidas adotadas no governo passado. O Brasil que queremos, e que vamos ter, é um país sem violência. É um país com água, com luz, com saneamento, com educação de qualidade e emprego digno para todos. É um país rico, em que as mulheres e os homens têm as mesmas oportunidades e privilégios, contribuindo juntos para o desenvolvimento e o criando seus filhos com dignidade e com orgulho."

Centro Popular da Mulher participa de Comemoração ao Dia da Mulher no Instituto Federal de Goiás em Luziânia



No último dia 03 o CPM participou das atividades que marcaram o Dia Internacional da Mulher no Instituto Federal de Goiás em Luziânia.











As atividades aconteceram em dois momentos, envolvendo os alunos do Ensino Médio, no período matutino e os alunos dos cursos Técnicos e Superior, no período noturno.



Cerca de 400 pessoas participaram do Evento, que contou com apresentações culturais, exposição de desenhos e fotografias, recitação de poesias e cordéis produzidos pelos próprios alunos.





O evento foi resultado de um projeto desenvolvido durante a semana sob a coordenação das professoras de Artes, Educação, Filosofia e Língua Portuguesa, as quais desenvolveram discussões e debates e produções de textos sobre a condição da mulher na sociedade, a partir da projeção dos filmes Acorda Raimundo e Gênero, Mentiras e videotape.




Além de comemorar o Dia Internacional da Mulher, enfatizando que a data representa uma chamada à luta, o momento também foi de conscientização. Com a aproximação do carnaval, foram projetados os spots da Campanha contra a Aids, com o objetivo de lembrar que a feminização do HIV deve ser combatida e que a mulher deve ter o poder de negociar com seu parceiro o uso do preservativo.



Na ocasião, foram distribuídos kits prevenção, contendo material educativo sobre DST/Aids e preservativos femininos e masculinos.





8 DE MARÇO: UBM 22 anos de história e de luta pela emancipação da Mulher!



Para marcar o Dia Internacional das Mulheres – 8 de Março - e os 101 anos da data, a União Brasileira de Mulheres (UBM) reforça a importância da mobilização e união das mulheres brasileiras. Neste 8 de Março, o Brasil tem como primeira presidente da República Dilma Rousseff, mas o desafio é lutar para garantir junto ao novo governo os compromissos assumidos com as mulheres e com o povo. Segundo a entidade, o momento conjuntural de ineditismo instigante da presença de uma mulher pela primeira vez no principal posto político recupera a história e as questões mais importantes da luta pela igualdade de direitos.

Segundo o panfleto criado pela entidade para o 8 de Março deste ano, neste novo cenário político, a participação da mulher brasileira é fundamental para a concretização de um novo projeto de nação. “A conquista representada pela eleição de Dilma Rousseff impregna de mais esperança as mulheres brasileiras, discriminadas na política, no trabalho, e que sofrem diariamente a violência doméstica. Já estivemos presentes em grandes batalhas populares em todos os tempos e lugares, ousando sonhar e construir um mundo diferente, verdadeiramente justo e igualitário. Já demos provas no passado de compromisso democrático quando lutamos por liberdades políticas para o povo brasileiro. No presente, queremos também ser protagonistas do esforço para construir um projeto de nação justa, com amplas oportunidades para toda a população.”

Para a UBM, o avanço rumo ao Desenvolvimento Social e Econômico não pode deixar de considerar a situação da mulher. Por isso, a entidade cobrará do governo a ampliação das políticas públicas e também para estas se transformem em políticas de Estado. “No Brasil, embora registremos conquistas, ainda temos um longo caminho a percorrer. Apesar da conquista da Lei Maria da Penha, ainda vigora a impunidade de assassinos e espancadores, porque a Lei ainda não foi implementada de fato. Estamos unidas no combate a todo tipo de violência e opressão contra as mulheres e meninas”, destaca no documento.



domingo, 12 de dezembro de 2010

Centro Popular de Goiás promove atividades pelo fim da violência contra a mulher em Luziânia




  
Atividades pelo fim da violência contra a mulher marcaram esse final de semana do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) – Campus Luziânia. Nesta sexta e sábado, 10 e 11 de dezembro, alunos do IFG, servidores e comunidade se mobilizaram para conscientizar a sociedade da importância de se combater e denunciar esse tipo de violência.

Foram realizadas hoje, 11, palestra sobre gênero, sexualidade e violência e caminhada com a distribuição de panfletos e folderes explicativos. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), que em 2010 completa 4 anos, foi um dos assuntos da palestra. Foram distribuídos também, durante as atividades, preservativos masculinos e femininos.

A diretora do Centro Popular da Mulher do Estado de Goiás (CPM), Norma Esther Negrete Calpiñeiro, participou das atividades que marcaram o encerramento da campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. “Há 25 anos vivemos uma luta constante pela melhora na qualidade de vida da mulher. Infelizmente, a mulher ainda é muito discriminada e é uma das principais vítimas da violência. Pesquisas mostram que a mulher é vista, ainda, como objeto”, disse Norma ao relatar sua luta pela não agressão às mulheres.

Como dica àquelas que sofrem violências, a diretora do CPM enfatizou a existência das delegacias da mulher e da Lei Maria da Penha. “A Lei existe e deve ser cumprida. Ela é clara no sentido de proteger a vida da mulher. Vamos denunciar! Não podemos ficar caladas”.

Para a professora do IFG, Letícia Érica Ribeiro, quem organizou as atividades, quanto mais denúncias forem feitas, melhor será para que a sociedade consiga diminuir cada vez mais esse tipo de violência. “As mulheres devem ser encorajadas para denunciar as agressões, tanto físicas quanto morais. A lei (Maria da Penha) está aí e veio para assegurar maior segurança a elas”, afirmou.

Antônia de Oliveira Souza Alves, dona de casa, participou do ato público realizado ontem, 10, em frente ao Centro de Convenções de Luziânia. “Temos que abrir a boca, pedir socorro, pois isso pode acontecer a qualquer hora e com qualquer uma de nós”, disse após dar um depoimento no qual contou que uma vizinha sofria agressões.

A Campanha

A Campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, realizada desde 1991, em 135 países, estabelece um elo simbólico entre violência contra as mulheres e direitos humanos, enfatizando o fortalecimento da auto-estima da mulher e seu empoderamento como condições para sair das situações de risco.

O tema da campanha é a aplicação e implementação da Lei Maria da Penha. Seu período de duração é de 25 de novembro a 10 de dezembro devido a quatro datas importantes na luta pelo fim da violência contra as mulheres. São elas: 25 de novembro – Dia Internacional da Não-violência contra as Mulheres; primeiro de dezembro – Dia Mundial de Combate à Aids; 6 de dezembro – data do massacre das Mulheres de Montreal, que fundamenta a campanha Mundial do Laço Branco; 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. E, no Brasil, a campanha começa um pouco mais cedo, dia 20 de novembro, devido ao Dia Nacional da Consciência Negra.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ato Público pelo fim da violência feita às mulheres

 No Dia 27 de Novembro, o Centro Popular da Mulher realizou um Ato Público em comemoração ao Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.¨O Ato fez parte das atividades da Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência contra a Mulher e aconteceu na Feira da Lua, em Goiânia.

Durante a atividade foram distribuídos panfletos sobre a Lei Maria da Penha e Ana Carolina Barbosa, presidenta do CPM, falou sobre a importância de se combater toda forma de violência contra a Mulher. Uma ação em favor da prevenção contra a Aids, também foi realizada, com distribuição de preservativos e  incentivo ao uso do preservativo feminino, como uma arma poderosa no combate a feminização do HIV.

Um outro ato público, desta vez na cidade de Luziânia,   com a realização de palestras e caminhada pelo fim da violência contra as mulheres será realizado nos dias 10 e 11 de dezembro. A ação que é uma iniciativa do Centro Popular da Mulher do Estado de Goiás (CPM), tem a participação do Instituto Federal de Goiás – Campus Luziânia.

As atividades marcam o encerramento da Campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, que visa conscientizar a sociedade da importância de combater e denunciar todo tipo de violência contra a mulher e comemorar os quatro anos da Lei Maria da Penha.

Confira a programação:
Dia: 10/12/2010

Ato Público pelo fim da violência feita às mulheres.
Local: Em frente ao Centro de Convenções de Luziânia (GO)
Horário: 16 horas

Dia 11/12/10
Ciclo de Palestras com o tema: Uma vida sem violência é um Direito das Mulheres
Local: IFG – Campus Luziânia

Horário: das 8:30 às 11 horas

Caminhada pelo fim da violência contra as mulheres
Local: Saindo do IFG
Horário: das 11 às 12 horas.

CENTRO POPULAR DA MULHER E IFG DESENVOLVEM ATIVIDADES NO DIA MUNDIAL DE COMBATE A AIDS



Em conscientização ao Dia Mundial de Combate à Aids, que se dá em 1º de dezembro, alunos do curso técnico integrado em Suporte e Manutenção em Informática (Proeja) do Instituto Federal de Goiás – Campus Luziânia organizaram, na última semana, atividades sobre a importância de se combater a doença e o preconceito por meio da prevenção e da solidariedade.

Diretora do Centro Popular da Mulher de Goiás (CPM/UBM), Dra Norma Esther Negrete Calpiñeiro, ginecologista obstetra, ministrou palestra sobre o tema Mulheres vivendo com Aids em Goiás para que os alunos pudessem tirar suas dúvidas.

“O virus do HIV é um redutor da imunidade, da integridade e da dignidade humana e traduz as desigualdades e as iniquidades da sociedade. As pessoas vivendo com Aids sofrem mais com o preconceito do que com a própria doença”, afirmou Dra Norma.

Além da palestra e debate, houve também uma oficina sobre sexo seguro, com demonstração do uso do preservativo feminino e de sua importância. Ainda, um grupo de alunos do Proeja passou de sala em sala para falar sobre o tema e distribuir material educativo e preservativo para todos os alunos e servidores do campus Luziânia.

“Atividades assim contribuem para nossa formação enquanto pessoas e cidadãos. É preciso nos conscientizar de que com a Aids não se brinca. Mostramos que somos conscientes usando o preservativo em todas as relações sexuais e também procurando o CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) para fazer o teste. Eu já fiz, é rápido, seguro e sigiloso”, disse a aluna Márcia Dias, do Proeja.

A professora do IFG, Letícia Érica Gonçalves Ribeiro, que esteve junto aos alunos na organização das atividades, comentou sobre a importância dessa conscientização. “O último relatório do Ministério da Saúde revela um crescimento enorme de contaminação na faixa etária entre os 15 e 24 anos. Por isso, é preciso orientar nossos jovens sobre os riscos de se fazer sexo sem camisinha. Os tabus sobre o tema da sexualidade devem ser quebrados e a escola é o melhor lugar para isso”, disse.

A atividade foi realizada em parceria com o Centro Popular da Mulher de Goiás, que forneceu preservativos e material educativo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

MANIFESTO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E MENINAS



União Brasileira de Mulheres (UBM) lança neste Dia Internacional pela Não Violência Contra a Mulher, comemorado em 25 de novembro em todo o país, o Manifesto “Pelo fim da violência contra mulheres e meninas. Pela completa aplicação da Lei Maria da Penha”. No documento, a entidade reafirma o seu compromisso em defesa da emancipação, saúde e direitos da mulher e aponta os avanços obtidos por meio da criação de políticas públicas e serviços de combate à violência contra as mulheres. Clique aqui e leia o Manifesto na íntegra.

Nas últimas três décadas, o combate à violência contra a mulher - preocupação fundamental dos movimentos sociais, feminista e de mulheres - vem sendo intensificado. No Brasil, a Campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, se tornou uma das mais importantes estratégias de mobilização e sensibilização da população para a problemática da violência contra as mulheres. De acordo com o Manifesto, ela dá “visibilidade às diferentes formas de violência, ainda presentes no cotidiano de muitas mulheres, a fim de sensibilizar a sociedade e cobrar do Estado o seu enfrentamento, que só se dará com a implantação das políticas públicas”.

Lei Maria da Penha - O documento também reforça a necessidade da implementação da Lei Maria da Penha. Sancionada em agosto de 2006, a lei combate à violência doméstica e de gênero, prevê punições mais rigorosas para as agressões e, entre outros, garante direitos de proteção às mulheres vitimadas. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a violência doméstica como um problema de saúde pública, pois afeta a integridade física e a saúde mental. Portanto, a defesa do Sistema Único da Saúde (SUS), garantindo a ampliação de uma rede de atendimento digno e eficaz, e o acesso aos serviços com muito respeito ao nosso corpo é uma das questões centrais para a efetivação da Lei Maria da Penha”.

No Manifesto, a entidade também exige das autoridades a ampliação das políticas públicas para por fim à violência contra as mulheres e meninas, além de explicar o impacto social que estas geram. “Há poucos anos, os casos de violência passavam despercebidos. Hoje, as pessoas têm auxiliado as mulheres a procurar apoio. A existência da lei "desnaturaliza" a violência e, com isso, as pessoas se tornam mais ativas ajudando as mulheres a pedir proteção. Outro dos grandes feitos da Lei Maria da Penha é o seu amplo conhecimento na sociedade e a compreensão das mulheres de que seus direitos são humanos”.

Rede de Atendimento - Outro ponto que a UBM enfatiza são os serviços de combate a violência contra as mulheres. Segundo a entidade, dados da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 –, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), confirmam que as pessoas estão denunciando e procurando mais informações sobre a violência doméstica. “De acordo com informações da Central, o Ligue 180 registrou 343.063 atendimentos entre janeiro e junho deste ano, 112% a mais que o mesmo período de 2009. Em quatro anos de atividade, a Central atendeu 371.537 pedidos de informações sobre a Lei, sendo que, desses, 67.040 somente nos seis primeiros meses deste ano”.

Dados da SPM também indicam que o número de serviços especializados para mulher aumentou em 161% no período desde sua criação, em 2003. Atualmente, existem 889 serviços especializados: 464 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, 165 Centros de Referência de Atendimento à Mulher, 72 Casas-Abrigo, 58 Defensorias Especializadas, 21 Promotorias Especializadas, e 12 serviços de responsabilização e educação do agressor. No que se refere à Justiça, foram criados, após a promulgação da Lei Maria da Penha, 89 juizados especializados/varas adaptadas de violência doméstica e familiar.

Campanha – A Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que vai de 20 de novembro a 10 de dezembro, está na sua 20ª edição e envolve organizações de 159 países. A data coincide com as comemorações ao aniversário da promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

O 25 de novembro - Criada em 1981 durante o I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em Bogotá (Colômbia), objetivava homenagear - simbolicamente - às irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana. Em 1999, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece a data como Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

QUEBRE O CICLO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Fim da violência contra as mulheres - Nós, todos e todas, devemos nos unir

Nova York (EUA) - Nós nos juntamos aos milhões de mulheres e homens, grupos comunitários, redes pelos direitos das mulheres, parceiros governamentais, parlamentares, trabalhadores de saúde e professores que fazem do 25 de novembro - Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres - um dia em que nos unimos e renovamos nosso compromisso comum com o fim da pandemia global da violência contra as mulheres.
No mundo todo, mulheres e meninas continuam a sofrer violência dentro e fora de suas casas, muitas vezes pela ação de parceiros íntimos ou pessoas da sua confiança. A violência de gênero, especialmente a violência sexual, também se tornou uma característica complicada e persistente das situações de conflito armado. O fim das violações dos direitos humanos das mulheres é um imperativo moral pelo qual todos devemos lutar juntos. O impacto de tal flagelo na sociedade – seja de ordem psicológica, física ou econômica – não pode ser mais evidente. Enfrentar esta violação persistente também pode reverter o impacto econômico da significativa queda de produtividade e aumento dos gastos com os cuidados de saúde - recursos gastos com um problema evitável.
A campanha do Secretário-Geral “UNA – SE pelo fim da violência contra as mulheres” deu um novo impulso aos esforços para acabar com a violência contra as mulheres. Mais de 130 países contam hoje com leis contra a violência doméstica, mas é preciso fazer muito mais para aplicá-las e acabar com a impunidade. Mais homens e suas organizações estão aderindo a essa campanha pelo fim da violência contra as mulheres e meninas; porém, precisamos combater atitudes e comportamentos que pemitem ou até mesmo estimulam essa violência. Precisamos de serviços que permitam que os milhões de mulheres e meninas que sofrem abusos todo ano possam se recuperar e obter justiça. Precisamos responsabilizar os perpetradores. Precisamos intensificar os esforços de prevenção, de modo que um dia não precisemos mais nos reunir no 25 de Novembro e pedir o fim da violência contra as mulheres.
A união de esforços para acabar com a violência é responsabilidade de todos. Governos, empresas privadas, organizações da sociedade civil, comunidades e indivíduos podem dar contribuições essenciais. Homens e meninos devem incentivar ativamente o respeito às mulheres e a tolerância zero com a violência. Líderes culturais e religiosos devem enviar mensagens claras sobre o valor de um mundo livre da violência contra as mulheres.
Tão importante quanto nos unirmos pelo fim da violência é assumirmos a responsabilidade aportar recursos suficientes para este fim. Até o momento, o investimento tem sido insuficiente. No ano passado, o Fundo Fiduciário da ONU pelo Fim da Violência contra as Mulheres atendeu apenas 3% das propostas que recebeu de programas essenciais para o avanço. O Fundo tem uma meta de US$ 100 milhões disponíveis por ano, que todos podemos lutar para atingir. Esses recursos serão destinados a governos, organizações da sociedade civil e agências da ONU que atuam em incidência política e inovação pelo fim da violência contra as mulheres e meninas.
Passo a passo, podemos trabalhar juntos e juntas rumo ao dia em que todas as mulheres vivam livres de violência e realizem plenamente seu potencial como poderosas agentes de sociedades prósperas e pacíficas.

Mensagem da Subsecretária Geral da ONU Mulheres, Michelle Bachelet

DIA INTERNACIONAL DA NÃO-VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como a vida das mulheres está mudando no Brasil


A desigualdade de renda entre mulheres e homens começa a ficar menor no Brasil. Entre 2004 e 2008 houve crescimento de 14,5% nos rendimentos reais femininos e de 12,4% dos masculinos. Mudança decorre principalmente de dois fatores: a política de valorização do salário mínimo e as políticas sociais de transferência de renda. Bolsa Família, o principal programa de transferência de renda para combate à miséria e à pobreza no país tem 53% de mulheres entre os atendidos e 93% das responsáveis preferenciais pelo recebimento do benefício.

No Brasil, a luta política pelos direitos das mulheres e pela igualdade nas relações de gênero impulsionou a adoção de políticas públicas e leis em campos como saúde sexual e reprodutiva, trabalho, direitos políticos e civis e violência sexista. Os direitos de cidadania das mulheres e as condições para seu exercício são questões centrais da democracia, e não apenas questões das mulheres. Há avanços significativos na construção dos direitos civis e políticos das mulheres brasileiras.

O papel dos movimentos feministas foi fundamental nesse percurso. Com sua articulação e mobilização, eles foram decisivos para a elaboração de leis e políticas públicas voltadas a eliminar as desigualdades entre homens e mulheres, no espaço público e privado.

Os primeiros governos eleitos no Brasil após a ditadura e as diretrizes neoliberais impostas nacionalmente atingiram de forma drástica a vida das mulheres brasileiras: desemprego com níveis alarmantes, violência doméstica sem ação governamental, políticas de privatização de serviços que prejudicaram especialmente as mulheres (creches, sistemas de água e luz, saúde).

Em 2003, o presidente Lula criou a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres para desenvolver ações conjuntas com todos os Ministérios e Secretarias Especiais, tendo como desafio a incorporação das especificidades das mulheres nas políticas públicas e o estabelecimento das condições necessárias para a sua plena cidadania. O governo federal se empenhou para promover mais autonomia e mais cidadania para as brasileiras, transformando demandas históricas dos movimentos feministas e de mulheres em políticas públicas, e para mudar o vergonhoso panorama da violência sexista em nosso país

Uma das mais importantes ações foi o destaque dado à promoção da igualdade de gênero, raça e etnia no Plano Plurianual 2008-2011, através do enunciado do seu quarto objetivo estratégico: “Fortalecer a democracia, com igualdade de gênero, raça e etnia, e a cidadania com transparência, diálogo social e garantia dos direitos humanos”.

Implementar políticas que se chocam, cotidianamente, com a cultura dominante não é tarefa fácil e muito menos para ser enfrentada de maneira exclusiva por qualquer das esferas governamentais e de poder. É necessária participação articulada e permanente de todos os atores sociais envolvidos.

O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM), que se encontra em sua segunda versão, é um poderoso instrumento no processo de incorporação da agenda de gênero no âmbito das políticas públicas do governo federal. Através dele, ações relativas ao avanço dos direitos das mulheres foram incorporadas nas políticas e programas desenvolvidos nos diferentes ministérios.

Em 2004, através de um processo inédito de diálogo entre governo e sociedade civil, realizou-se a I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. As suas etapas municipais e estaduais envolveram diretamente mais de 120 mil mulheres em todas as regiões do país. Em 2007, envolvendo 200 mil mulheres em todo o Brasil, realizou-se a II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. O II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres é hoje um instrumento orientador para o enfrentamento às desigualdades entre homens e mulheres no Brasil.

A diversidade que caracteriza as mulheres brasileiras demanda intervenções que considerem as especificidades e necessidades de cada grupo social. Historicamente, a intersecção de características como sexo, raça/etnia, região de origem, orientação sexual, entre outras, contribui para criar situações de maior ou menor vulnerabilidade no acesso aos serviços ofertados pelo Estado e no usufruto dos direitos constitucionalmente assegurados.

Oito anos de mudanças e conquistas para as brasileiras

- Desigualdade de renda entre mulheres e homens começa a ficar menor no Brasil. Entre 2004 e 2008 houve crescimento de 14,5% nos rendimentos reais femininos e de 12,4% dos masculinos. Mudança decorre principalmente de dois fatores: a política de valorização do salário mínimo e as políticas sociais de transferência de renda.

- Bolsa Família, o principal programa de transferência de renda para combate à miséria e à pobreza no país tem 53% de mulheres entre os atendidos e 93% das responsáveis preferenciais pelo recebimento do benefício. Mais poder de decisão na hora de comprar reforça a segurança alimentar das famílias e também a autoestima das mulheres.

- Pedreiras, ceramistas, pintoras, encanadoras, azulejistas, eletricistas são algumas das formações obtidas nos cursos de capacitação do Programa Mulheres Construindo Autonomia na Construção Civil. Desenvolvido pela SPM em parceria com governos municipais e estaduais, tem como meta inicial a formação de 2.670 mulheres em quatro estados (BA, RS, SP e RJ) até 2011. As atividades já começaram. Em junho de 2009, no Rio de Janeiro, 150 mulheres das comunidades do Morro da Formiga, Vila Paciência e Kelson se inscreveram para participar da iniciativa.

- Investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura realizados no país nos últimos anos tem impacto direto na melhoria da vida de toda a população do país e beneficia, em particular, as mulheres, que passam a dispor de melhores condições para o desempenho de suas tarefas cotidianas e de mais tempo para cuidar de si mesmas. Na avaliação da SPM, destacam-se neste aspecto os programas de eletrificação, construção de cisternas e de habitação.

- Outras iniciativas com impacto na inclusão social e também na melhoria da qualidade de vida das brasileiras são o Programa Minha Casa, Minha Vida e a expansão do crédito para pessoas que nunca tiveram conta bancária ou acesso aos caixas eletrônicos. Hoje, mais de um terço dos financiamentos habitacionais são destinados às mulheres e elas passam a ser também signatárias de 40% dos contratos de crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal.

- O programa Brasil Alfabetizado tem entre seus inscritos, desde 2005, 57% de mulheres. Outra ação importante foi a sanção do Programa Empresa Cidadã, que amplia a licença maternidade para seis meses. Benefício implantado para todas as servidoras federais.

- A violência contra a mulher foi enfrentado pelo governo Lula e encarado como problema de Estado: aprovação da Lei Maria da Penha (13.340/2006), criação do Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) e implantação do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher Neste ano, o investimento será de mais de um bilhão de reais na Rede Nacional de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência.

- Mais de um milhão de documentos emitidos, em 2.091 mutirões de documentação realizados até 2009. Com documentos, mais de 550 mil mulheres do meio rural passaram a ter acesso às políticas públicas do governo.

- 35.697 contratos de financiamento, representando mais de R$ 247 milhões para mulheres agricultoras de unidades familiares (Pronaf Mulher), entre 2003 e 2008. Avanço de 24,1% para 55,8% no índice de mulheres titulares de lotes da reforma agrária, entre 2003 e 2007. Aumento de 13,6% em 2003 para 23% em 2007 do total de mulheres chefes de família em relação ao total de beneficiários da reforma agrária.

Um governo bom é aquele que se volta para os principais interesses de sua população, globalmente. No caso das mulheres será fundamental manter a continuidade da evolução das conquistas que alcançamos com o governo Lula. E ainda podemos ter o gostinho delicioso de superação do preconceito elegendo uma mulher, Dilma Rousseff, como nossa presidenta.

Fernanda Estima -  Jornalista e militante feminista.


(**) Texto preparado a partir da publicação “Com Todas as Mulheres, Por Todos os Seus Direitos”, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17098

sábado, 16 de outubro de 2010

sexta-feira, 1 de outubro de 2010