domingo, 12 de dezembro de 2010

Centro Popular de Goiás promove atividades pelo fim da violência contra a mulher em Luziânia




  
Atividades pelo fim da violência contra a mulher marcaram esse final de semana do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) – Campus Luziânia. Nesta sexta e sábado, 10 e 11 de dezembro, alunos do IFG, servidores e comunidade se mobilizaram para conscientizar a sociedade da importância de se combater e denunciar esse tipo de violência.

Foram realizadas hoje, 11, palestra sobre gênero, sexualidade e violência e caminhada com a distribuição de panfletos e folderes explicativos. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), que em 2010 completa 4 anos, foi um dos assuntos da palestra. Foram distribuídos também, durante as atividades, preservativos masculinos e femininos.

A diretora do Centro Popular da Mulher do Estado de Goiás (CPM), Norma Esther Negrete Calpiñeiro, participou das atividades que marcaram o encerramento da campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. “Há 25 anos vivemos uma luta constante pela melhora na qualidade de vida da mulher. Infelizmente, a mulher ainda é muito discriminada e é uma das principais vítimas da violência. Pesquisas mostram que a mulher é vista, ainda, como objeto”, disse Norma ao relatar sua luta pela não agressão às mulheres.

Como dica àquelas que sofrem violências, a diretora do CPM enfatizou a existência das delegacias da mulher e da Lei Maria da Penha. “A Lei existe e deve ser cumprida. Ela é clara no sentido de proteger a vida da mulher. Vamos denunciar! Não podemos ficar caladas”.

Para a professora do IFG, Letícia Érica Ribeiro, quem organizou as atividades, quanto mais denúncias forem feitas, melhor será para que a sociedade consiga diminuir cada vez mais esse tipo de violência. “As mulheres devem ser encorajadas para denunciar as agressões, tanto físicas quanto morais. A lei (Maria da Penha) está aí e veio para assegurar maior segurança a elas”, afirmou.

Antônia de Oliveira Souza Alves, dona de casa, participou do ato público realizado ontem, 10, em frente ao Centro de Convenções de Luziânia. “Temos que abrir a boca, pedir socorro, pois isso pode acontecer a qualquer hora e com qualquer uma de nós”, disse após dar um depoimento no qual contou que uma vizinha sofria agressões.

A Campanha

A Campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, realizada desde 1991, em 135 países, estabelece um elo simbólico entre violência contra as mulheres e direitos humanos, enfatizando o fortalecimento da auto-estima da mulher e seu empoderamento como condições para sair das situações de risco.

O tema da campanha é a aplicação e implementação da Lei Maria da Penha. Seu período de duração é de 25 de novembro a 10 de dezembro devido a quatro datas importantes na luta pelo fim da violência contra as mulheres. São elas: 25 de novembro – Dia Internacional da Não-violência contra as Mulheres; primeiro de dezembro – Dia Mundial de Combate à Aids; 6 de dezembro – data do massacre das Mulheres de Montreal, que fundamenta a campanha Mundial do Laço Branco; 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. E, no Brasil, a campanha começa um pouco mais cedo, dia 20 de novembro, devido ao Dia Nacional da Consciência Negra.

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