segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

EM 2009 PARA ENFRENTAR A CRISE FINANCEIRA O CPM/UBM REAFIRMA SUAS LUTAS


Nós, mulheres organizadas, multiplicaremos nossas forças para continuarmos denunciando o modelo econômico neoliberal que fragmenta o trabalho e as pessoas em sua identidade, destrói valores humanos, desconsidera a cultura dos povos, enfim, precariza a vida, principalmente das mulheres que ainda continuam vivenciando a discriminação, o preconceito, as oportunidades desiguais no mercado de trabalho, a violência doméstica e no trabalho, o assedio moral e sexual, a falta de creches.São precários os serviços/atendimento em saúde que evitariam o alto índice de mortes maternas, faltam serviços públicos que garantam os direitos sexuais e reprodutivos, direito de decidir sobre seu próprio corpo, para isso a chamada: Aborto - a mulher decide, a sociedade respeita e o Estado garante.No âmbito da esfera e estrutura de poder, o momento exige uma reforma política democrática e o desafio está em consolidar a democracia, mas, com uma maior participação das mulheres nas esferas de decisão, em funções e cargos de poder, em proporção representativa, principalmente na esfera parlamentar e nos partidos políticos daí nossa chamada: Sem as mulheres no poder, a democracia está pela metade: um homem, uma mulher.
A proposta do PAC da MULHER neste período de crise, torna-se imprescindível para que o custo a ser pago não recaia nas mulheres, portanto é importante que a Sociedade Civil Organizada esteja atenta para exigir o cumprimento das Políticas Públicas, evitando assim os recortes nos investimentos sociais, penalizando ainda mais @s excluíd@s.

DEZEMBRO 2008: O CENTRO POPULAR DA MULHER A LEI “MARIA DA PENHA”,PRESERVATIVOS, DST/AIDS E CHICO MENDES (Norma Esther Negrete Calpiñeiro)


Chico Mendes e a seringueira nativa

O mês de dezembro constituiu-se no encerramento das atividades do Centro Popular da Mulher em Goiânia no ano de 2008. As atividades relacionadas aos 16 dias de luta para coibir a violência contra as mulheres, foram realizadas na Praça Bandeirantes , nas ruas e nos bairros.
As companheiras do CPM além da certeza da importância das lutas, carregavam nas mãos a Lei” Maria da Penha” e preservativos masculinos e femininos como instrumento de prevenção das DST/Aids.
No Bairro Real Conquista, em Goiânia, as companheiras do bairro e as do CPM realizaram passeata e a distribuição “porta a porta” de preservativos e de material educativo sobre a prevenção e o enfrentamento da violência contra as mulheres, assim como sobre as doenças de transmissão sexual e o HIV/Aids.
No decorrer do ano a abordagem integral realizada pelo Centro Popular da Mulher de Goiás/União Brasileira de Mulheres nas questões de Gênero e nas lutas das mulheres em Goiânia e no interior do Estado sem dúvida contribuiu para uma maior divulgação da Lei Maria da Penha, do Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, enfim das Políticas Públicas destinadas às Mulheres..
O CPM/UBM também foi atuante nas palestras e discussões sobre DST/Aids e na distribuição de PRESERVATIVOS, cientes da importância de garantir o acesso às camisinhas, comemoramos quando o Ministério da Saúde divulgou que :
” O governo federal atingiu recorde histórico de distribuição de preservativos masculinos em 2008. O Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde repassou 406 milhões de camisinhas para serem entregues à população sexualmente ativa em todos os estados e municípios brasileiros. O número é 3,3 vezes maior do que foi disponibilizado no ano passado (122 milhões). O maior quantitativo anual havia sido em 2003 com 257 milhões.”

Neste contexto ressaltamos a significância da entrega do primeiro lote de preservativos masculinos ( um milhão de camisinhas) realizada pela Primeira Fábrica Estatal de Preservativos ,localizada em Xapurí no Acre (18 de dezembro de 2008) o uso do látex de seringueira nativa , a preservação da floresta pelos seringueiros que defendem o extrativismo e a oportunidade de fontes de trabalho para centenas de famílias no Acre, nos recordam que 20 anos após o assassinato do líder dos seringueiros:Chico Mendes o desenvolvimento sustentável é possível e neste caso, contribuindo de maneira direta na prevenção das DST/Aids.