domingo, 16 de dezembro de 2007
O CENTRO PUPULAR DA MULHER DISCUTE COM AS MORADORAS DO REAL CONQUISTA, SEXUALIDADE E DST/AIDS
O Centro Popular da Mulher, realizou no sábado, 15 de dezembro no período vespertino mais um encontro com as mulheres do bairro Real Conquista, em Goiânia. A reunião contou com a presença de várias mulheres do bairro que ouviram e discutiram sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis e HIV/Aids, juntamente com as companheiras Rita, Norma e Letícia do CPM e Alexandra, da AGEAB.
Foi esclarecido a importância do diagnóstico e tratamento precoce das DST, a realização das rotinas em ginecologia nas Unidades Básicas de Saúde e a prevenção usando o preservativo masculino e/ou feminino.
Ficou determinado que o tema a ser abordado no próximo encontro (12 de janeiro de 2008) será Saúde Reprodutiva: métodos anti-conceptivos.
Monografia sobre a conformação do Núcleo "Loanda Cardoso"
A companheira Eliene Aparecida, de Paraúna, realizou com o apoio e incentivo do CPM/UBM a monografia de conclusão do curso de Administração de Empresas na Faculdade de São Luis de Montes Belos com o tema: Conformação do Núcleo Loanda Cardoso: História da visibilidade das mulheres da Vila Mutirão no Município de Paraúna.
A importância deste trabalho reside no retrato do perfil socio-econômico e em saúde sexual e reprodutiva das mulheres deste bairro no citado município. A monografia foi apresentada com sucesso perante a banca examinadora.
Parabenizamos a companheira Eliene pelos esforços realizados na conformação do núcleo e pela conclusão da graduação.
As companheiras interessadas no tema terão opotunidade de ouvir a apresentação em janeiro, quando Eliene apresentará o trabalho para as mulheres da Vila Mutirão, ou procurar a Biblioteca do Centro Popular da Mulher, onde consta um exemplar da monografia.
A importância deste trabalho reside no retrato do perfil socio-econômico e em saúde sexual e reprodutiva das mulheres deste bairro no citado município. A monografia foi apresentada com sucesso perante a banca examinadora.
Parabenizamos a companheira Eliene pelos esforços realizados na conformação do núcleo e pela conclusão da graduação.
As companheiras interessadas no tema terão opotunidade de ouvir a apresentação em janeiro, quando Eliene apresentará o trabalho para as mulheres da Vila Mutirão, ou procurar a Biblioteca do Centro Popular da Mulher, onde consta um exemplar da monografia.
Núcleo "Loanda Cardoso" - Paraúna
As companheiras do Centro Popular da Mulher de Goiás: Rita, Carol e Norma estiveram, no último dia 14, reunidas com a coordenação do Núcleo Loanda Cardoso na Vila Mutirão da cidade de Paraúna. A coordenação relevou a importância que o Núcleo do CPM, naquela cidade, representa para a conscientização e organização das mulheres, com o intuito de dar visibilidade às mesmas e de fortalecer a luta por seus direitos em todas as instâncias.
A existência do Núcleo almeja, sobretudo, a transformação da Comunidade local, para que prevaleçam a justiça social, a equidade e o respeito aos Direitos Humanos, em especial à vida das mulheres, sem distinção de raça/cor, religião, condição social, ocupação, etc.
A coordenação determinou que na segunda quinzena de janeiro/2008 acontecerá a reunião e o encontro com a comunidade para realizar o planejamento das atividades para o próximo ano.
É importante ressaltar que as mulheres que compõem essa coordenação se mostraram determinadas a lutar contra toda forma de pressão que obstaculize o crescimento das mesmas.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
À companheira Lúcia Rincón na dor de sua perda (Letícia Érica)
Sei que...
A dor da perda é irreparável
Que..
O vazio da ausência é insuperável
Sei que...
A existência nessa terra se acaba
Mas...
a imagem do coração não se apaga
Sei que...
O tom da voz com o tempo se olvida
Mas...
a palavra de amor não será esquecida
Sei que...
O lugar na mesa ficará vazio
Mas...
a força da presença aquece o frio
Sei que...
O amor de mãe é insubstituível
Mas...
o exemplo da mulher é impreterível
Dona Helena é...
Uma saudade para os netos queridos
Um exemplo a ser seguido
Um exemplo de...
mãe dedicada
mulher determinada
companheira ideal
guerreira sem igual
Uma luz que resistirá ao tempo
Brilhando nos corações dos que a conheceram.
Natal (Letícia Érica)
Dezembro é mês de festas
mês de presentes e banquetes
Natal é tempo de confraternizar
tempo de doar e abraçar
Também é tempo de consumir
De gastar o que não tem
Tempo de deixar que o coração
fale mais que a razão
Reunidos em volta da mesa as famílias festejam
Sorriem, brincam, comem e brindam
Mesmos os mais pobres preparam sua ceia
e os encarcerados se abraçam na cadeia
Crianças de todo mundo escrevem ao papai noel
Na Europa, América e Oceanía elas rezam ao papai do céu
Na África elas pedem para viver
Na Palestina pedem pra não morrer
Na América Latina a maioria pede pão,
muitas outras, amor e proteção
No Brasil todas pedem educação e carinho
E que não as maltratem pelo caminho.
Dezembro é mês de reflexão
mês de pensar no nosso irmão
Mês de ser hipócrita, de fingir e estender a mão
aos que durante o ano ignoramos sem razão
Será que somente o natal tem poder de iluminar?
Será que somente em dezembro nos deixamos humanizar?
Todo tempo é tempo de abraçar
Todo dia é dia de ajudar
Todo dia é dia de doação
Deixe que o amor viva todo o tempo
em seu coração!
domingo, 2 de dezembro de 2007
Dia Mundial de luta contra a Aids (Letícia Érica)
Estamos em tempo de luta
de luta pela vida
Já é tempo de pensar
de conscientizar
Não dá pra se omitir
nem dá pra fingir
A Aids é problema meu
também é problema seu
Ninguém está imune
o HIV não escolhe a quem se une
o HIV não escolhe a quem se une
Se você der bobeira
ele lhe deixa à beira
À beira da enfermindade
à margem da sociedade
Lançado à sorte
caminhando para a morte
Mas não é só o vírus que maltrata
o preconceito também fere e mata
Quem é soropositivo
necessita de incentivo
Quem é doente de Sida
vive uma meia vida
Se não lhe dermos as mãos
quem ajudará nossos irmãos?
A Aids não escolhe cor
mas é o negro quem mais sofre a dor
A Aids não escolhe nível social
mas é o probre que sempre se dá mal
A Aids não escolhe profissão
mas é o oprimido que sofre com a exclusão
A Aids não escolhe idade, sexo ou religião
se é casada, solteira ou fiel companheira
Mas a mulher tem sido a principal vítima
dessa enfermidade traiçoeira
Estar casada e ter um só parceiro
não lhe dá imunidade
É preciso se previnir
e pensar com a razão
Fazer amor sem preservativo
pode ser a perdição.
Seja consciente,
Use sempre camisinha!
Passeata no Real Conquista: CPM E AS MORADORAS LEMBRAM DO DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA AIDS
Mulheres Protestando - Di Cavalcanti
Foi realizada dia 1 de dezembro no Bairro Real Conquista uma passeata para lembrar da luta contra a violência de gênero e do día mundial de luta contra AIDS. O CPM juntamente com mulheres do bairro e lideres da Pastoral da Criança, caminharam pelas ruas distribuindo preservativos e panfletos sobre a Lei Maria da Penha.
As atividades do Centro Popular da Mulher junto às mulheres dessa comunidade já vem ocorrendo há mais de ano, por meio de palestras e esclarecimentos sobre direitos da mulher, direitos sexuais e reprodutivos, saúde e outras temas sugeridos por elas.
O CPM agradece a todos(as) que estiveram presente na passeata, lembrando que no próximo dia 15 (sábado) novamente nos reuniremos com as mulheres do Real Conquista, às 16 horas.
sábado, 1 de dezembro de 2007
Realidade (Letícia Érica)
Tenho pensado em muita coisa
Tenho sentido um grande desespero
Tenho olhado em minha volta
e o que tenho visto me apavora
Vejo crianças chorando e gemendo
com frio e sede, sem ter o que comer
Vejo garotas roubando e se vendendo
ignorando a vida pra sobreviver
Sinto uma dor que me assola
Ao ver tanta injustiça e pouca esmola
Sinto uma indignação que me instiga
à não ficar parada vendo a briga
Preciso lutar pelos banidos e oprimidos
Não posso calar a voz que em mim grita
Quero dizer aos meus irmãos e amigos
Que sou mais uma nessa triste lida
Não vamos deixar que os opressores
Apagem nossa esperança com tantas dores
Vamos gritar aos nossos algozes
Que enquanto existir vida seremos ferozes.
Diga NÃO à Violência contra as mulheres.
Devemos denunciar a violência e exigir do Estado a ampliação dos serviços de atendimento às vítimas e ações para evitá-la, educando a sociedade com novos valores.
É urgente que a sociedade brasileira tome consciência e assuma a responsabilidade de mostrar e combater a violência em suas diferentes formas. Esta é uma causa justa, humanitária e garantida pela Legislação Brasileira:
• A Constituição Brasileira de 1988 obriga o Estado a tomar todas as medidas necessárias para prevenir e punir a violência ocorrida no âmbito da família.
• Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher , “CEDAW (ONU,1979)” foi ratificada pelo governo brasileiro, com reservas em 1984. As reservas foram retiradas em 1994.
• Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher , “Convenção de Belém do Pará”, foi assinada pelo Brasil em 9 de junho de 1994 e ratificada em 27 de novembro de 1995.
• Lei 10.224/2001 criou o crime de assédio sexual que ocorre quando o assediador constrange a outra pessoa com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual utilizando da posição de superior hierárquico.
• Lei 10.886/2004 alterou o Código Penal para configurar a violência doméstica como crime.
A União Brasileira de Mulheres conclama:
Denuncie a violência nas Delegacias Especiais de Polícia, Conselhos e Coordenadorias que tratam dos direitos das mulheres! Procure os Órgãos de saúde. O silêncio gera impunidade!
Onde você estiver, entre na onda de luta contra toda opressão, pela paz e por uma sociedade justa e fraterna.
Combata as desigualdades e a discriminação de classe, de gênero, de raça e etnia.
Diga NÃO à Violência contra as mulheres.
Viver Sem Violência é um Direito
25 de novembro: Dia Internacional de não-violência contra as mulheres!A violência contra as mulheres não tem cor, classe social nem raça: É maléfica, absurda e injustificável!A violência contra as mulheres está estampada nos jornais - é uma questão social e de saúde pública, e uma das formas mais perversas de discriminação contra as mulheres.
Fere os direitos humanos, destrói sonhos e afeta a dignidade. É a expressão mais clara da desigualdade social, racial e de poder entre homens e mulheres deixando visível a opressão social e as marcas físicas e psicológicas naquelas que representam a metade da população brasileira.
A violência não é só agressão física...ocorre nos espaços públicos e privados...é também psicológica e moral: agressões verbais reduzem a auto-estima e fazem as mulheres se sentirem desprezíveis. É também uma questão de saúde: causa estresse e enfermidades crônicas. Quem vive uma situação de violência não tem margem de negociação e está mais susceptível de contrair o vírus HIV.
A violência interfere na qualidade de vida, no exercício da cidadania das mulheres e no desenvolvimento da sociedade em sua diversidade.As faces da violência: denuncie!A violência ocorre, principalmente, na própria casa: lugar de afeto. A violência doméstica é a campeã entre todas e expressa a desigualdade de poder nas relações afetivas e sociais entre homens e mulheres.
No espaço do trabalho, ocorrem o assédio e a violência sexual seguidos pelo assédio moral que desqualifica o trabalho e desmoraliza a trabalhadora.
A violência Institucional faz parte das estatísticas. É praticada pelos funcionários que prestam serviços públicos quando são omissos e perpetuam a discriminação e a violência ao invés de proteger as mulheres vitimadas com atenção humanizada.A violência patrimonial quando ocorre, dificulta a sobrevivência, o acesso da mulher ao trabalho, a documentos, a bens, a recursos econômicos ou direitos, ferindo sua autonomia.Em todos estes casos a condição do “ser mulher” se soma à violência racial/étnica pois as mulheres negras são mais vítimas de homicídios, discriminação no trabalho, violência sexual, turismo sexual e tráfico de mulheres. Os números da violência• No mundo, 5 dias de falta ao trabalho é decorrente da violência sofrida pelas mulheres em suas casas resultando, a cada 5 anos na perda de 1 ano de vida saudável; no Brasil esta forma de violência compromete 10,5% do Produto Interno Bruto!
• Dos 70% dos casos de violência contra a mulher, 40% são com lesões graves e os agressores são os maridos, ex-maridos, ex-companheiros (Banco Mundial).
• Nos Estados Unidos, a taxa de homicídios entre mulheres negras é de 12,3 para cada 100 mil assassinatos e para as brancas é de 2,9. As mulheres negras entre 16 e 24 anos tem três vezes mais a probabilidade de serem estupradas que as mulheres brancas.
• A incidência de AIDS aumentou entre as mulheres no Brasil. No inicio dos anos 80 a relação era de 25 homens para uma mulher infectada e hoje é de 1 mulher para cada 2 homens. Entre as mulheres, 55% tem entre 20 a 29 anos, predominando as afrodescendentes e as de camadas mais pobres.
• No Brasil, são registrados 15.000 estupros por ano que podem ocasionar gravidez indesejada e DST/AIDS.
• As vítimas de violência que recorreram a serviços de apoio (dez/00 a set/04), são predominantemente mulheres, jovens, estudantes ou desempregadas: 58,09% são do sexo feminino; 62,18% são solteir@s; 36,45% recebem entre 1 a 3 salários-mínimos; 58,66% possuem casa própria; 25,33% são estudantes e 23,98% sem ocupação, desempregad@s; 23,01% possuem entre 0 a 10 anos. (Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos- NAVCV).
Fere os direitos humanos, destrói sonhos e afeta a dignidade. É a expressão mais clara da desigualdade social, racial e de poder entre homens e mulheres deixando visível a opressão social e as marcas físicas e psicológicas naquelas que representam a metade da população brasileira.
A violência não é só agressão física...ocorre nos espaços públicos e privados...é também psicológica e moral: agressões verbais reduzem a auto-estima e fazem as mulheres se sentirem desprezíveis. É também uma questão de saúde: causa estresse e enfermidades crônicas. Quem vive uma situação de violência não tem margem de negociação e está mais susceptível de contrair o vírus HIV.
A violência interfere na qualidade de vida, no exercício da cidadania das mulheres e no desenvolvimento da sociedade em sua diversidade.As faces da violência: denuncie!A violência ocorre, principalmente, na própria casa: lugar de afeto. A violência doméstica é a campeã entre todas e expressa a desigualdade de poder nas relações afetivas e sociais entre homens e mulheres.
No espaço do trabalho, ocorrem o assédio e a violência sexual seguidos pelo assédio moral que desqualifica o trabalho e desmoraliza a trabalhadora.
A violência Institucional faz parte das estatísticas. É praticada pelos funcionários que prestam serviços públicos quando são omissos e perpetuam a discriminação e a violência ao invés de proteger as mulheres vitimadas com atenção humanizada.A violência patrimonial quando ocorre, dificulta a sobrevivência, o acesso da mulher ao trabalho, a documentos, a bens, a recursos econômicos ou direitos, ferindo sua autonomia.Em todos estes casos a condição do “ser mulher” se soma à violência racial/étnica pois as mulheres negras são mais vítimas de homicídios, discriminação no trabalho, violência sexual, turismo sexual e tráfico de mulheres. Os números da violência• No mundo, 5 dias de falta ao trabalho é decorrente da violência sofrida pelas mulheres em suas casas resultando, a cada 5 anos na perda de 1 ano de vida saudável; no Brasil esta forma de violência compromete 10,5% do Produto Interno Bruto!
• Dos 70% dos casos de violência contra a mulher, 40% são com lesões graves e os agressores são os maridos, ex-maridos, ex-companheiros (Banco Mundial).
• Nos Estados Unidos, a taxa de homicídios entre mulheres negras é de 12,3 para cada 100 mil assassinatos e para as brancas é de 2,9. As mulheres negras entre 16 e 24 anos tem três vezes mais a probabilidade de serem estupradas que as mulheres brancas.
• A incidência de AIDS aumentou entre as mulheres no Brasil. No inicio dos anos 80 a relação era de 25 homens para uma mulher infectada e hoje é de 1 mulher para cada 2 homens. Entre as mulheres, 55% tem entre 20 a 29 anos, predominando as afrodescendentes e as de camadas mais pobres.
• No Brasil, são registrados 15.000 estupros por ano que podem ocasionar gravidez indesejada e DST/AIDS.
• As vítimas de violência que recorreram a serviços de apoio (dez/00 a set/04), são predominantemente mulheres, jovens, estudantes ou desempregadas: 58,09% são do sexo feminino; 62,18% são solteir@s; 36,45% recebem entre 1 a 3 salários-mínimos; 58,66% possuem casa própria; 25,33% são estudantes e 23,98% sem ocupação, desempregad@s; 23,01% possuem entre 0 a 10 anos. (Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos- NAVCV).
Aviso da lua que menstrua (Elisa Lucinda)
Moço, cuidado com ela! Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas: cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço às vezes parece erva, parece hera cuidado com essa gente que gera
essa gente que se metamorfoseia metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidades e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar mas é outro lugar, aí é que está: cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita..
Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente que vai cair no mesmo planeta panela. Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro, transforma fato em elemento a tudo refoga, ferve, frita ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado moço, quando cê pensa que escapou é que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga é que tô falando na "vera" conheço cada uma, além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela delicada força quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado ou sem os devidos cortejos..
Às vezes pela ponte de um beijo já se alcança a "cidade secreta" a Atlântida perdida.
Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas cai na condição de ser displicente diante da própria serpente
Ela é uma cobra de avental Não despreze a meditação doméstica
É da poeira do cotidiano que a mulher extrai filosofando cozinhando, costurando e você chega com a mão no bolso julgando a arte do almoço: Eca!... Você que não sabe onde está sua cueca? Ah, meu cão desejado tão preocupado em rosnar, ladrar e latir então esquece de morder devagar esquece de saber curtir, dividir.
E aí quando quer agredir chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca? O que você tem eu vou dizer e não se queixe: VACA é sua mãe. De leite. Vaca e galinha... ora, não ofende.
Enaltece, elogia: comparando rainha com rainha óvulo, ovo e leite pensando que está agredindo que tá falando palavrão imundo.
Tá, não, homem.
Tá citando o princípio do mundo!
Imagine uma cachoeira às avessas: cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço às vezes parece erva, parece hera cuidado com essa gente que gera
essa gente que se metamorfoseia metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidades e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar mas é outro lugar, aí é que está: cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita..
Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente que vai cair no mesmo planeta panela. Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro, transforma fato em elemento a tudo refoga, ferve, frita ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado moço, quando cê pensa que escapou é que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga é que tô falando na "vera" conheço cada uma, além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela delicada força quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado ou sem os devidos cortejos..
Às vezes pela ponte de um beijo já se alcança a "cidade secreta" a Atlântida perdida.
Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas cai na condição de ser displicente diante da própria serpente
Ela é uma cobra de avental Não despreze a meditação doméstica
É da poeira do cotidiano que a mulher extrai filosofando cozinhando, costurando e você chega com a mão no bolso julgando a arte do almoço: Eca!... Você que não sabe onde está sua cueca? Ah, meu cão desejado tão preocupado em rosnar, ladrar e latir então esquece de morder devagar esquece de saber curtir, dividir.
E aí quando quer agredir chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca? O que você tem eu vou dizer e não se queixe: VACA é sua mãe. De leite. Vaca e galinha... ora, não ofende.
Enaltece, elogia: comparando rainha com rainha óvulo, ovo e leite pensando que está agredindo que tá falando palavrão imundo.
Tá, não, homem.
Tá citando o princípio do mundo!
Repúdio à prisão de adolescente no Pará
MOÇÃO DE REPÚDIO
Nós, mulheres brasileiras, reunidas no 7º. Congresso Nacional da União Brasileira de Mulheres, ocorrido em Luziânia-GO, nos dias 22 a 25 de novembro de 2007, aprovamos a seguinte moção de repúdio à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará pelo recente fato ocorrido na cidade de Abaetetuba onde uma adolescente foi aprisionada em uma cela juntamente com 20 homens, ficando a mercê de abusos sexuais por parte dos mesmos.
O mesmo fato ocorre, também, na cidade de Paraopebas, com outra mulher colocada no sistema prisional na companhia de 70 homens, num total desrespeito aos direitos humanos das mulheres. Repudiamos os fatos e exigimos maior compromisso do Governo do Estado com a segurança pública e o respeito às pessoas em situação de conflito com a lei.
Guetos, Corpos e Essência (Norma Esther Negrete Calpiñeiro)
Cansa-me o fato de bordejar em mares bravios
E cais vazios.
Desanima-me escalar morros violentos
Desanima-me escalar morros violentos
E muros cinzentos.
Entristece-me a solidão das calçadas
Entristece-me a solidão das calçadas
E o pão ganho aviltado.
Permaneço encarcerada em guetos invisíveis
Permaneço encarcerada em guetos invisíveis
Onde prossigo sem atingir meu destino.
Tenho lucidez, porém traçaram-me um viés.
Tenho lucidez, porém traçaram-me um viés.
Sou sagaz, com cor definida, porém tornam-me transparente.
Para não ser intransigente.
Para não ser intransigente.
Pertenço a uma etnia conhecida, porém me rotulam.
Para sentir-me exoticamente excluída
Para sentir-me exoticamente excluída
Querem além de meu corpo, minha alma.
No entanto prossigo para alcançar meu destino.
No entanto prossigo para alcançar meu destino.
Tenho voz e quero ser ouvida,
Anseio enxergar a continuidade do caminho.
Pretendo que a luta secular não impeça,
Pretendo que a luta secular não impeça,
A liberação da minha natureza.
E que a projeção de minha essência produza transformações
E que a projeção de minha essência produza transformações
Aniquilando elos, muralhas, abismos e preconceitos.
Nossa Luta
Nós, mulheres organizadas, multiplicaremos nossas forças para continuarmos denunciando o modelo econômico neoliberal que fragmenta o trabalho e as pessoas em sua identidade, destrói valores humanos, desconsidera a cultura dos povos, enfim, precariza a vida, principalmente das mulheres que ainda continuam vivenciando a discriminação, o preconceito, as oportunidades desiguais no mercado de trabalho, a violência doméstica e no trabalho, o assedio moral e sexual, a falta de creches.
São precários os serviços/atendimento em saúde que evitariam o alto índice de mortes maternas, faltam serviços públicos que garantam os direitos sexuais e reprodutivos, direito de decidir sobre seu próprio corpo, para isso a chamada: Aborto - a mulher decide, a sociedade respeita e o Estado garante.
No âmbito da esfera e estrutura de poder, o momento exige uma reforma política democrática e o desafio está em consolidar a democracia, mas, com uma maior participação das mulheres nas esferas de decisão, em funções e cargos de poder, em proporção representativa, principalmente na esfera parlamentar e nos partidos políticos daí nossa chamada: Sem as mulheres no poder, a democracia está pela metade: um homem, uma mulher.
São precários os serviços/atendimento em saúde que evitariam o alto índice de mortes maternas, faltam serviços públicos que garantam os direitos sexuais e reprodutivos, direito de decidir sobre seu próprio corpo, para isso a chamada: Aborto - a mulher decide, a sociedade respeita e o Estado garante.
No âmbito da esfera e estrutura de poder, o momento exige uma reforma política democrática e o desafio está em consolidar a democracia, mas, com uma maior participação das mulheres nas esferas de decisão, em funções e cargos de poder, em proporção representativa, principalmente na esfera parlamentar e nos partidos políticos daí nossa chamada: Sem as mulheres no poder, a democracia está pela metade: um homem, uma mulher.
O que é a UBM - União Brasileira de Mulheres?
A UBM nasce em 1988 em um Congresso, convocado pela Revista Presença da Mulher, com mais de mil mulheres, tendo como orientação teórica as reflexões e a elaboração da Corrente Emancipacionista que foi sendo formulada no contexto de lutas pela democratização no Brasil. A semente para as reflexões estava na situação histórica das relações de exploração do trabalho e no reconhecimento da situação de opressão das mulheres, entendendo o trabalho como fundamental para garantir a autonomia e emancipação social. Na época, respaldadas pela realidade da situação enfrentada pelas mulheres no mercado de trabalho e sua presença na resistência à ditadura militar, reforçou a compreensão da necessidade de estarmos organizadas em uma entidade ampla de mulheres com uma plataforma de questões específicas sobre a vida e situação das mulheres - pois elas são exploradas e oprimidas – relações imbricadas de classe e de gênero, daí a nossa chamada: Por um mundo de igualdade contra toda opressão.Hoje, além de direitos legais, conquistamos políticas públicas, como resposta do Estado brasileiro às reivindicações das mulheres e o desafio está em garantir a implementação e efetivar estas políticas como políticas de Estado. É dever cotidiano estarmos nos espaços de controle social, vigilantes, frente ao não cumprimento de boa parte dos direitos legais das mulheres na vida, - daí nossa luta por Igualdade na lei e na vida.
Se por um lado, garantimos conquistas, por outro, a reação do poder nos coloca em constante vigilância, enfrentando a negação de nossos direitos que se manifesta quando as reformas neoliberais ameaçam os nossos direitos conquistados numa realidade em que é flagrante a feminização da pobreza, a situação de precarização e a discriminação enfrentada pelas mulheres no trabalho, por isso, nossas bandeiras: Nenhum direito a menos, alguns direitos a mais e, pela Valorização do trabalho da mulher.
Se por um lado, garantimos conquistas, por outro, a reação do poder nos coloca em constante vigilância, enfrentando a negação de nossos direitos que se manifesta quando as reformas neoliberais ameaçam os nossos direitos conquistados numa realidade em que é flagrante a feminização da pobreza, a situação de precarização e a discriminação enfrentada pelas mulheres no trabalho, por isso, nossas bandeiras: Nenhum direito a menos, alguns direitos a mais e, pela Valorização do trabalho da mulher.
Participação do CPM-GO no Congresso da UBM
O Centro Popular da Mulher de Goiás (CPM) esteve presente no Congresso Nacional da UBM, realizado entre os dias 22 a 25 de novembro de 2007 em Luziânia. As companheiras goianas, Rita Aparecida, Lúcia Rincon, Norma, Carol, Celma Grace, Márcia, Francisca, Neuza, Altamira, Dila Resende, Graziele, Camilla Resende, Nara Serra, Paula Rincon dentre outras, puderam contribuir para discussão sobre a questão dos direitos da mulher. Parabenizamos a Eline Jonas pelo belo trabalho que vem realizando na frente da coordenação nacional da UBM e desejamos muito sucesso nesse novo mandato que se inicia.
Congresso da UBM
Aconteceu em Luziânia - GO o 7° Congresso Nacional da União Brasileira de Mulheres - POR UM MUNDO DE IGUALDADES. O congresso que contou com a participação de mulheres representantes de 22 Estados brasileiros, foi um marco na luta pela igualdade de gênero.
Assinar:
Postagens (Atom)