terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

8 de março: No ano em que se comemora o centenário do Dia Internacional da Mulher, iniciativa online visa a despenalização do aborto no Brasil


Dia 8 de março de 1857, Nova Iorque, Estados Unidos: 129 operárias morreram queimadas numa ação da polícia para conter uma manifestação numa fábrica de tecidos. Essas mulheres pediam a diminuição da jornada de trabalho de 14 para 10 horas por dia e o direito à licença-maternidade.Mais de 50 anos depois, em 1910, durante uma conferência em Copenhagen, na Dinamarca, é decidido que o 8 de março marcaria o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem às mulheres de 1857. Porém, somente no ano de 1975, através de um decreto, a data é oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Em 2010, mulheres do mundo inteiro comemoram os 100 anos do Dia Internacional da Mulher, com várias manifestações, atividades e iniciativas que têm como objetivo melhorias nos setores dos direitos, saúde e educação, além de reflexões que marcam tantos anos de luta e que tem caracterizado este dia ao longo dos tempos. No Brasil, o tema ainda é visto como um tabu por alguns segmentos da sociedade que resistem às mudanças legislativas em relação ao aborto.

Nesta ocasião o IPAS está lançando um espaço online para discussão sobre o aborto e os efeitos que a sua criminalização causa para a vida das mulheres. A idéia é desmistificar o assunto e trazer dados importantes para a reflexão sobre por que é necessária a descriminalização do aborto. O blog “Aborto em Debate” será um espaço informal com informações sobre dados de saúde pública e as leis que penalizam as mulheres no Brasil e em outros países. O blog “Aborto em Debate” contará ainda com espaço destinado a colaboradores e parceiros que desejem enviar seus textos, vídeos, arquivos em mp3, ilustrações e campanhas para serem divulgadas no site. Todo o material enviado será analisado e deverá estar em conformidade com os objetivos da iniciativa do projeto, que visa a despenalização do aborto no país.

A organização do blog conta com a sua participação na divulgação e colaboração com materiais para atualização do conteúdo. Posteriormente, será criada uma rede qualificada dos colaboradores.

PARTICIPE! DIVULGUE! FAÇA SUA PARTE





quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Centro Popular da Mulher (CPM) promove curso de formação política



Centro Popular da Mulher (CPM) promove curso de formação política Visando o fortalecimento político das mulheres nos mais diversos segmentos da sociedade


 

O curso "Mulher: mais política, mais poder" é um projeto da União Brasileira das Mulheres (UBM) realizado em todo o país. Pela primeira vez será ministrado em Goiânia. Lis Caroline Lemos, coordenadora do projeto na capital, é também relações públicas, estudante de jornalismo e diretora do CPM. Em entrevista ao site, explicou sobre o projeto e destacou sua importância para fortalecimento político das mulheres. O curso deve ocorrer em março, após VII Encontro do Centro Popular da Mulher, que completa 25 anos.

Qual o tempo de duração do curso?
O Projeto "Mulher Mais Política Mais Poder" vai oferecer um curso de capacitação para mulheres para que essas se empoderem na perspectiva de ocupar espaços de decisão nas mais diversas instâncias da sociedade. O curso é composto de 5 módulos de 32 horas cada. Nossa ideia é fazê-lo em 5 meses.

Quantas mulheres vocês esperam participar do curso?
O projeto original ocorre em todo o país, através da União Brasileira de Mulheres. São seis capitais contempladas: Curitiba, Vitória, Salvador, Recife, Manaus, além de Goiânia. Ao todo serão 300 mulheres capacitadas em todo o país, sendo 50 por cidade. Essas 300 mulheres devem multiplicar esses conhecimentos para um mínimo de 1200 mulheres. Então, no Brasil serão 1500 mulheres discutindo as relações desiguais de gênero que ainda permeiam a nossa realidade.

Uma das características do CPM consiste em trabalhar com universo plural de mulheres. Contudo, qual perfil de pessoas desse sexo que vocês esperam para o curso? Há alguma faixa etária, formação como pré-requisito ou que é mais provável de participar do curso?
Não temos um perfil específico. A ideia do projeto é justamente contemplar as mulheres em toda a sua diversidade: sindicalistas, jovens, idosas, lésbicas, estudantes, negras...O importante é que tenha alguma vivência de militância ou política e que estejam dispostas a compreender e estudar mais sobre essa questão de gênero.

Como surgiu a iniciativa da realização desse curso?
O projeto é uma iniciativa da coordenação nacional da UBM e teve como objetivo principal buscar o fortalecimento político das mulheres nos espaços de decisão e poder. Para se ter ideia do problema, o Brasil ocupa a 141ª colocação no que diz respeito à presença de mulheres nos parlamentos, num universo de 188 países. Aqui em Goiás, de um total de 246 municípios, apenas 18 são comandados por mulheres. Nossa Câmara de Vereadores conta com apenas quatro representantes do sexo feminino. Então, alguma coisa está errada.
De que forma o curso contribui para a vida cotidiana, profissional e formação intelectual das mulheres?
Isso só poderemos saber no fim do curso. Mas acredito que o principal mote desse curso é fazer com que as mulheres se empoderem e façam valer seus pensamentos, ações e decisões nos mais variados espaços da sociedade. O utópico é que essas 50 mulheres saíssem candidatas nas próximas eleições, pautando o debate político para a discussão de gênero. mas sabemos que esse é um longo caminho a ser percorrido ainda.

Poderia-se dizer que a maior pretensão do curso é formar mulheres capazes de enfrentar esferas de poder e política?
Sim, é esse o nosso principal objetivo com o projeto. e não só enfrentar essas esferas, mas que sejam conscientes dos problemas enfrentados por milhões de brasileiras todos os dias. Que essas mulheres internalizem que a discussão de gênero tem que ser vista como algo fundamental para a democracia e não como uma questão secundária. Afinal, como sempre dizemos "não basta ser mulher, tem que ser de luta".

Por: Nádia Junqueira,

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O que você fizer eu tô dentro.

Acesse o link abaixo e conheça a Campanha.
O que você fizer eu tô dentro.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

NESSE CARNAVAL, REALIZE SUAS FANTASIAS, MAS NÃO ESQUEÇA A CAMISINHA


FOLIA DE CARNAVAL
É BRINCADEIRA
PEGAR AIDS
É COISA SÉRIA,

SEJA QUAL FOR
SUA FANTASIA,



PROTEJA-SE!!

sábado, 30 de janeiro de 2010

União Brasileira de Mulheres desenvolve Projeto: Mulher - mais política, mais poder

“MULHER: MAIS    POLITICA, MAIS   PODER”


"Por um mundo de igualdades,   contra toda opressão”



quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

25 DE NOVEMBRO DIA INTERNACIONAL DE LUTA PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

ATIVIDADES DO CENTRO POPULAR DE GOIÁS NA PRAÇA DO BANDEIRANTES - GOIÂNIA.



quinta-feira, 12 de novembro de 2009

ASSINE VOCÊ TAMBÉM A NOTA DE REPÚDIO À UNIBAN (Universidade Bandeirantes) Petition

Os subscritores abaixo vem manifestar total repúdio à postura da UNIBAN, unidade São Bernardo do Campo/SP, ao optar pela expulsão da estudante Geisy Arruda por ela ter, supostamente, usado vestimenta que atentou à moral e bons costumes (veja reportagem sobre o assunto em http://bit.ly/I2OX2 e http://bit.ly/2UJsS)

Não obstante a autonomia da entidade de ensino em elaborar regras disciplinares para o corpo discente, a postura da entidade demonstra perfil autoritário e contrário às conquistas dos Direitos e Garantias Individuais do cidadão, o que não coaduna com a atitude esperada de entidade privada que possui a delegação de obrigação de serviços públicos, devendo, portanto, estar sujeita aos mesmos compromissos éticos da Administração Pública.

O ambiente universitário deve pautar-se pela debate amplo e defesa incondicional da liberdade de seus alunos, obrigando-se a repelir de forma imediata qualquer intenção de atentado à dignidade da pessoa ou outras formas de humilhação, como é o caso em que se viu envolvida a aluna Geisy. Ademais, a nota de esclarecimento sobre a infeliz expulsão somente confirma a conduta preconceituosa da universidade que, no mínimo, está ausente de moralidade.

A expulsão envergonha os subscritores desse manifesto, e coloca em cheque os princípios basilares do Estado Democrático de Direito. Portanto, deve ser registrado que a opção da Uniban é fato isolado e contraria a todos nós.

Desejamos que fatos como esse, sejam sempre lembrados como exemplos de involução cultural da sociedade.



ASSINE VOCÊ TAMBÉM NO LINK ABAIXO:

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CALENDÁRIO FEMINISTA - NOVEMBRO

20 - Início da Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, no Brasil

      Dia Nacional da Consciência Negra


     Adoção da Convenção sobre os Direitos das Crianças, 1989


25 - Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres


    - Início da Campanha Mundial 16 Dias de Ativismo


27 - Ratificação pelo Brasil da Convenção de Belém do Pará, 1995

domingo, 8 de novembro de 2009

Secretaria de Políticas para as Mulheres cobra explicação sobre expulsão de universitária


(Banco de imagens google)

A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), informou neste domingo (8) que que vai cobrar da Universidade Bandeirante (Uniban) explicações sobre a decisão de expulsar uma aluna que usava um vestido curto e sobre o andamento das medidas contra estudantes que a "atacaram verbalmente".


Nilcéa condenou a decisão de expulsar a universitária e disse que a atitude da escola demonstra "absoluta intolerância e discriminação". "Isso é um absurdo. A estudante passou de vítima a ré. Se a universidade acha que deve estabelecer padrões de vestimenta adequados, deve avisar a seus alunos claramente quais são esses padrões", disse a ministra à "Agência Brasil", ao chegar para participar do seminário seminário A Mulher e a Mídia.

Segundo a ministra, a ouvidoria da SPM já havia solicitado à Uniban explicações sobre o caso, inclusive perguntando quais medidas teriam sido tomadas contra os estudantes que hostilizaram a moça. Nesta segunda-feira (9), a SPM deve publicar nova nota condenando a medida e provocando outros órgãos de governo como o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério da Educação (MEC) a se posicionarem.

As cerca de 300 participantes do seminário A Mulher e a Mídia decidiram divulgar, ainda hoje, moção de repúdio à Uniban pela expulsão da estudante Geyse Arruda, que foi hostilizada no dia 22 do mês passado por cerca de 700 colegas, por usar um vestido curto durante as aulas. Aluna do primeiro ano do curso de turismo, Geisy foi expulsa da instituição, que tem sede em São Bernardo do Campo (SP). A decisão foi divulgada em nota paga publicada neste domingo em jornais paulistas.

A decisão da Uniban também foi reprovada pela deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), uma das participantes do seminário. Segundo a deputada, a expulsão de Geisy não se justifica e parte de um "moralismo idiota". "Mesmo que ela fosse uma prostituta, qual seria o problema da roupa? Temos que ter tolerância com a decisão e postura de cada um", afirmou Erundina.

A socióloga e diretora do Instituto Patrícia Galvão, Fátima Pacheco, discordou da decisão e questionou o argumento da universidade de que a aluna "teria tido uma postura incompatível com o ambiente acadêmico", conforme diz a nota da Uniban. "Ela não infringiu nada. Ela estava vestida do jeito que gosta, da maneira que acha adequado para seu o corpo e a interpretação do abuso, da falta de etiqueta é uma interpretação que não tem sentido", disse Patrícia.

"É uma reação à mulher e à autonomia sobre o seu corpo. Não se faz isso com rapazes sem camisa, com cueca para fora ou calças rasgadas", completou a socióloga.

Para a psicóloga Rachel Moreno, do Observatório da Mulher, a reação dos estudantes e da universidade refletem posições contraditórias e "hipócritas" da sociedade em relação à mulher. "Por um lado, a nossa cultura diz que a mulher tem que ser valorizar o corpo, afinal de contas, tem que ser bonita, tem ser gostosa e tem que se mostrar. Por outro lado, a mulher é punida quando assume tudo isso com tranqüilidade."

Isso quer dizer que, para a sociedade, em termos de sexualidade, a mulher deve ser objeto de desejo e não de manifestar o seu desejo, sua sensualidade, concluiu Rachel.

O Movimento Feminista de São Paulo prepara manifestação para amanhã (9), às 18 horas, em frente à Uniban. Na convocação, o movimento pede que as manifestantes compareçam usando minissaias ou vestidos curtos.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) também condenou a decisão da Uniban.

 
 O CENTRO POPULAR DA MULHER DE GOIÁS (CPM/UBM) TAMBÉM EXPRESSA SEU REPÚDIO À DECISÃO DA UNIBAN E ENGROSSA A LUTA CONTRA MAIS ESSA DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO.

Secretaria de Políticas para Mulheres diz que intolerância em universidade paulista fere princípios constitucionais


Ministra Nilcéa Freire encaminhou oficio a autoridades ligadas ao caso solicitando informações, apuração e punição dos responsáveis

“Justificar qualquer crime ou mesmo discriminação contra a mulher só faz propagar a cultura sexista de gênero, pois afasta a culpa dos agressores, transmitindo-a a fatores secundários como o uso inadequado de roupas, comportamento provocativo ou ainda à conduta da mulher”.

Este foi o alerta dado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), em ofício enviado pela ministra Nilcéa Freire, nesta terça-feira (3/11), a órgãos e entidades que possuem interface com o caso que chocou o país, no qual uma estudante universitária teria sido discriminada pelos colegas por causa da roupa que usou no dia 22 de outubro para assistir às aulas. De acordo com a imprensa, a aluna teria sido perseguida, xingada, tocada, fotografada, ameaçada de estupro e cuspida por usar um vestido curto cor de rosa.

A solicitação de esclarecimentos, providências, punição e acompanhamento das denúncias foi enviada ao reitor da Universidade Bandeirante de São Paulo, ao procurador-geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo, ao ministro da Educação e à presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo.

Para a Secretaria, o ocorrido fere os princípios constitucionais e as convenções internacionais ratificadas pelo Brasil, tais como a Convenção pela Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher – CEDAW e a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher.

O objetivo da SPM de criar políticas públicas que promovam o enfrentamento a toda e qualquer forma de violência contra as mulheres justifica o envio do documento que cobra, ainda, das instituições de ensino no país, a devida seriedade na busca pela desvinculação, nesses espaços, do papel da mulher de um mero objeto de desejo sexual.
Fonte: http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sepm/noticias/ultimas_noticias/nota_caso_geyse/

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres





A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres foi criada pelo Centro para Liderança Global das Mulheres (Center for Womens´s Global Leadership) em 1991 e é desenvolvida atualmente em 159 países ao redor do mundo. Desenvolvida no período de 25 de novembro (Dia Internacional pela Não Violência contra as Mulheres) a 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos), incorpora outras duas datas marco: o dia 1.º de dezembro (Dia Mundial de Combate à Aids) e o dia 06 de dezembro (data do Massacre de Mulheres de Montreal, que fundamenta a Campanha Mundial do Laço Branco - e no Brasil, Dia Nacional de Luta dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres).




A partir de 2003 a Campanha 16 Dias de Ativismo ganhou maior visibilidade nacional numa iniciativa impulsionada pela Agende Ações em Gênero Cidadania e Desenvolvimento – AGENDE e que envolve parceria com: redes e articulações nacionais de mulheres (2.400 organizações) e de direitos humanos (400 organizações); órgãos governamentais do Legislativo, do Executivo e do Ministério Público Federal; empresas públicas, estatais e privadas; representações das agências das Nações Unidas no país. No Brasil, desde 2003 a Campanha começa mais cedo, no dia 20 de Novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Essa mobilização contou, nas edições 2007 e 2008, com a promoção conjunta da AGENDE e Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República – SPM/PR, fator importante para a do sucesso da Campanha.




Atualmente, a Campanha 16 dias de Ativismo está contemplada no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (2007) e no Pacto Nacional de Enfrentamento da Violência contra as Mulheres (2008), coordenados pela SPM/PR e implementados em 24 Estados da Federação. São ações que envolvem quatorze ministérios numa perspectiva de transversalidade da Política Nacional para Equidade de Gênero.



Como uma ação estratégica, a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres tem um papel relevante na promoção de debate e visibilidade das várias formas de violência contra as mulheres, estimulando-se o reconhecimento de condutas aparentemente banais e corriqueiras como formas de violência e a adoção de comportamentos críticos, de resistência e de alteração dessas condutas; e assim, colaborar na prevenção e enfrentamento da violência contra as mulheres. Assim, ao sensibilizar diversos atores para a temática, incluindo tomadoras/es de decisão nas três esferas, a Campanha contribui com e para a implementação efetiva do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e do Plano Nacional de Política para as Mulheres.


Conheça mais a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres e participe dessa mobilização nacional e mundial para o enfrentamento da violência contra as mulheres.



Fonte: http://www.agende.org.br/16dias/

sábado, 31 de outubro de 2009


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CALENDÁRIO FEMINISTA - OUTUBRO


01 - Dia Internacional por uma Terceira Idade Digna


05 - Promulgação da Constituição Brasileira, 1988


10 - Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher


12 - Dia Internacional da Mulher Indígena
- Dia Nacional de Luta por Creches


15 - Dia Mundial da Mulher Rural


17 - Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

IBGE: apesar de estudar mais, mulheres ganham menos

As mulheres têm mais escolaridade, mas ganham menos em todas as posições na ocupação, revela a Síntese de Indicadores Sociais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje.

Em 2008, na área urbana do País, a média de escolaridade das mulheres ocupadas foi de 9,2 anos de estudos, enquanto para os homens foi de 8,2 anos. Na área rural, a média de anos de estudo, "apesar de estar em patamares mais baixos", também é favorável às mulheres (de 5,2 anos de estudo, ante 4,4 anos para os homens). Porém, em todas as posições na ocupação, o rendimento médio dos homens é maior que das mulheres.

A maior diferença de rendimento médio é na posição de empregador, onde os homens auferem, em média, R$ 3.161, enquanto as mulheres recebem apenas R$ 2.497, ou seja R$ 664 a mais para os homens, "o que corresponde a dizer que as mulheres empregadoras recebem 22% a menos que os homens", segundo o documento de divulgação da pesquisa.
De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, os brasileiros brancos tinham, em média, em 2008, quase dois anos a mais de escolaridade que pretos e pardos. Mas a pesquisa revela também que, de 1998 a 2008, houve "significativa melhora" na distribuição da frequência por níveis de ensino entre a população de cor preta e parda.
Artigo:

Mulheres chefiam mais de um terço das famílias brasileiras




Mulheres chefiam mais de um terço das famílias brasileiras


O aumento da presença feminina no mercado de trabalho impulsionou as mulheres à chefia de mais de um terço das famílias brasileiras até 2008, indicou um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9). De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), esse número subiu de 25,9% há 11 anos para 34,9% no ano passado.
Leia sobre o Pnad 2008.



Mesmo quando há um homem presente, 9,1% das mulheres são consideradas a pessoa de referência da casa, contra 2,4% delas em 2008, apontou o levantamento feito com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Os dados levam em consideração apenas a opinião dos próprios membros da família."Esses dados podem estar revelando aspectos importantes para a análise das transformações que vêm ocorrendo de forma substancial no contexto das relações familiares e de gênero, na maioria das sociedades atuais", diz o texto divulgado pelo IBGE. "Entretanto, é necessário investigar os motivos pelos quais a escolha da pessoa de referência é feita, para se obter subsídios e compreender melhor o significado dos papéis exercidos pelos membros que compõem as famílias no Brasil."


A situação financeira, indica a pesquisa, é determinante compreender isso, aponta o instituto.Ainda donas de casaA participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro saltou de 42 para 47,2% entre 1998 e 2008 - que não significa, entretanto, que elas tenham se livrado das tarefas domésticas. Entre as que têm emprego, 87,9% cuidam dos afazeres do lar, enquanto entre os homens esse número chega a 46,1%. O número médio de horas semanais dedicado a tarefas domésticas pelas mulheres é de 20,9. Para os homens, 9,2 horas.


As mulheres também levam vantagem na escolaridade média - o que influencia na entrada mais tardia delas no mercado de trabalho e, por consequência, tem peso sobre o número feminino na condição de chefe de família.Em 2008, em áreas urbanas, a média das mulheres foi de 9,2 anos de estudos, contra 8,2 anos para os homens. No campo, elas somam 5,2 anos de escola na média, contra 4,4 anos deles.


Maurício Savarese

Do UOL Notícias

Em São Paulo


domingo, 4 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Curso poderá orientar professores a detectar maus-tratos e abuso sexual em menores

Setembro 28, 2009 at 4:11 pm

Visando facilitar a identificação de maus-tratos e abuso sexual sofridos por menores, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) propôs que os cursos de formação dos professores de educação básica e de pedagogia ofereçam orientações sobre o assunto. Essa sugestão, apresentada sob a forma de um projeto de lei (PLS 638/07), é o primeiro item da pauta da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), que se reúne na manhã desta terça-feira (29).

Ao defender a medida, Cristovam argumenta que os professores não são devidamente preparados para identificar os efeitos físicos e psicológicos decorrentes da violência contra menores. Para tentar alterar essa situação, a proposta inclui um artigo no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 1990) prevendo as orientações já citadas.
O senador destaca que seu projeto não exige a criação de uma disciplina para tratar do assunto, “o que confere a cada instituição de ensino a prerrogativa de decidir a forma mais adequada de prever o cumprimento da nova prescrição curricular”.
Apresentada em 2007, a proposta recebeu, no ano passado, parecer favorável na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Agora na Comissão de Educação, onde receberá decisão terminativa, o texto já conta com o voto favorável da relatora, senadora Fátima
Cleide (PT-RO).
Fonte: Agência Senado

terça-feira, 22 de setembro de 2009

87% das garotas vivenciam agressão no namoro; e elas ferem tanto quanto eles

http://www.amorverdadeiro.com.pt/

Estudo mostra que xingamentos e tapas fazem parte


dos relacionamentos entre jovens de 15 a 19 anos

Fernanda Aranda


Antes de virar mulheres, elas já viveram a experiência da agressão do parceiro, que pode ser um garoto conhecido na festa do último fim de semana. No entanto, entre os casais jovens, as meninas não ocupam só papel de vítimas, mas também de autoras dos maus-tratos . Pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), feita com pessoas entre 15 e 19 anos de todo o País, identificou que 87% das adolescentes já vivenciaram formas de violência no namoro ou no "ficar". "Atestamos, porém, que as garotas estão agredindo quase que na mesma proporção do que os meninos", afirma a autora do estudo, Kathie Njaine, que tabulou os 3.205 questionários, recolhidos nas cinco regiões do País.


Na pesquisa, relacionamentos efêmeros foram suficientes para reunir episódios agressivos. "Beliscões, empurrões, tapas, xingamentos, ofensas, humilhação pela internet foram formas de agressão citadas pelos entrevistados", diz ela, que afirma não ter atestado diferenças regionais nos números. "No geral, a prevalência de agressão é alta e surpreendente." Os dados estão sendo interpretados e devem virar um livro.


Os índices de agressão equiparados entre garotas e garotos podem ser explicados por outros estudos que já identificaram aumento no comportamento destrutivo por parte das garotas. As menores de 15 anos, segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Unifesp, representam o único grupo etário que usa tantos entorpecentes quanto meninos de mesma idade (5% em média). Nas outras faixas, há diferença significativa entre os gêneros. O Inquérito sobre Saúde do Paulistano - recém-divulgado pela Prefeitura - mostra que o número de mulheres que dizem beber de uma a três vezes por semana passou de 12,4% em 2003 para 19,8% em 2008, crescimento não atestado entre homens. Drogas e álcool - que há mais tempo frequentam a vida deles - são combustíveis de agressividade, afirmam os especialistas. "A igualdade delas no consumo de substâncias psicoativas aumentou o envolvimento em atos mais violentos", afirma a médica Vilma Pinheiro Gawryszewski, que coordenou o Núcleo de Combate à Violência de São Paulo. "A droga atrapalha o autocontrole, tudo é exacerbado, incita a violência.Isso é mundial."


Ainda que o uso de entorpecentes esteja por trás das agressões praticadas pelas garotas, isso não anula, na visão dos especialistas, a importância da iniciação precoce da violência entre os jovens casais, fenômeno antes só associado à fase adulta. No estudo da Fiocruz se identificou que muitas meninas não terminam o relacionamento por medo das ameaças.


Na Casa do Adolescente, unidade de saúde de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, duas meninas amedrontadas pediram proteção policial por ameaças dos namorados. Não pareciam ser as únicas. Hematomas, depressão, medo e tristeza eram recorrentes entre outras pacientes da casa. "Decidimos inserir a violência no namoro e relacionamentos como tema de nossas dinâmicas, o que se mostrou tão importante quanto a relação sexual", afirmou a coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente, Albertina Takeuti.


Na unidade semelhante inaugurada em Heliópolis, na zona sul, os depoimentos das meninas confirmam a importância do projeto. "Minha amiga tem a minha idade (13 anos), namora há dez meses, está superinfeliz, mas não consegue terminar. Ela tem medo de que ele faça alguma coisa ruim com ela. Ameaças não faltam."


CASO ELOÁ


A imagem da garota mais bonita da escola pedindo calma, com semblante de pânico, pela janela do edifício de Santo André, região do ABC paulista, é a mais citada pelas meninas e meninos quando questionados sobre a violência entre os casais jovens. Eram as últimas horas de vida de Eloá Pimentel, transmitidas em rede nacional. Ela foi assassinada no fim do ano passado, aos 15 anos, por tiros disparados pelo ex-namorado ciumento. Ele, antes de chegar ao ápice da agressividade, costumava dar mostras de seu comportamento com chutes e empurrões contra a menina. Como nesse caso, a violência costuma ser negligenciada por parecer que faz parte da rebeldia da adolescência.


"A juventude tem relações bastante agressivas, desde o jeito de falar até o modo de se relacionar e a característica precisa ser considerada", afirma Neide Castanha, coordenadora do Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes. "Independentemente disso, os jovens de hoje têm dificuldade enorme de resolver o conflito sem ser com mecanismos violentos", diz Neide, que cita outro fator por trás da violência no relacionamento juvenil. "O namoro, mesmo que na fase do ficar, estabelece intimidade em pouco tempo. Dormem juntos, acordam juntos, um padrão de vida conjugal maduro, que acirra o sentimento de posse."


O "medo de ser Eloá" aparece como consequência mais extrema de quão longe a violência no namoro pode chegar. "A violência na adolescência é precursora da vida conjugal adulta. Romper o ciclo no início pode criar um padrão mais sadio", completa Kathie.





Reportagem do Jornal O Estadão, 21 de setembro de 2009.


domingo, 20 de setembro de 2009

Campanha do IPAS

Clique para ver como slideshow e fazer o download



http://www.ipas.org.br/

CNJ abre processo para investigar juiz contrário à Lei Maria da Penha

Edilson Rumbelsperger teria chamado lei de 'monstrengo tinhoso'.Ele rejeitou pedidos de punição a homens acusados de agressão.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira (15) abrir um processo administrativo disciplinar para investigar o juiz Edilson Rumbelsperger Rodrigues, que, em 2007, se envolveu em polêmica após considerar inconstitucional a Lei Maria da Penha, considerada um marco na defesa da mulher contra a violência doméstica. De acordo com reportagem publicada em outubro de 2007 pelo jornal "Folha de S.Paulo", o juiz, de Sete Lagoas (MG), rejeitou pedidos de medidas contra homens que agrediram e ameaçaram suas companheiras. Segundo o jornal, o magistrado considera a lei "um conjunto de regras diabólicas". Ele chegou a chamar a lei de "monstrengo tinhoso". "É, portanto, por tudo isso, que, de nossa parte, concluímos que, do ponto de vista ético, moral, filosófico, religioso e até histórico, a chamada 'Lei Maria da Penha' é um monstrengo tinhoso", disse o juiz, em uma decisão. Em um dos despachos, ele destacou que as “desgraças humanas começaram por causa da mulher”.

O G1 entrou em contato com assessoria de imprensa do juiz às 16h35. Às 17h40, ele informou que está com a agenda cheia e só irá se manifestar por volta de 15h desta quarta-feira (16).A decisão do CNJ de abrir o processo para investigar o juiz se deu após a Corregedoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) ter arquivado o caso, que chegou ao TJ-MG após denúncia da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas.
Na manhã desta terça-feira, os conselheiros do CNJ decidiram por unanimidade abrir o processo. O relator do caso, Marcelo Neves, classificou os fatos atribuídos ao juiz como “uma denúncia grave de discriminação à mulher”. O CNJ chegou a cogitar a possibilidade de afastar preventivamente o juiz do cargo, mas a decisão será tomada somente durante a análise do processo disciplinar. Segundo o relator, Edilson Rodrigues está sujeito a sofrer as sanções previstas no artigo 41 da Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que prevê advertência, censura e até demissão aos juízes que se utilizam de linguagem imprópria.

Sentença-padrão
De acordo com a reportagem da "Folha de S. Paulo" de 2007, o juiz usou uma sentença-padrão, repetindo os mesmos argumentos nos pedidos de autorização para adoção de medidas de proteção contra mulheres sob risco de violência por parte do marido. Sancionada em agosto de 2006, a Lei Maria da Penha aumentou o rigor nas penas para agressões domésticas contra a mulher, além de fornecer instrumentos para ajudar a coibir esse tipo de violência.
A legislação é uma homenagem a farmacêutica maria da Penha Fernandes, vítima de agressões por parte do ex-marido.
Por: Diego Abreu Do G1, em Brasília

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ASSINE A PETIÇÃO ONLINE EM DEFESA DA LEI MARIA DA PENHA!


A Lei Maria da Penha - Lei 11.340/2006 é considerada pelos movimentos de mulheres um marco na proteção aos Direitos Humanos das Mulheres, num país onde seguem alarmantes os índices de violência doméstica, grande parte deles culminando em homicídios de mulheres pelos seus parceiros.

Apesar de confrontar-se com esta triste realidade, a justiça criminal brasileira vem ignorando e distorcendo o texto expresso na legislação ao exigir a representação da vítima em processos judiciais onde estão expressas as violações aos direitos à privacidade e à integridade das vítimas, dentre outros direitos, em um gesto de tolerância aos crimes de violência doméstica e uma enorme resistência na aplicação da Lei que visa combater o machismo da sociedade brasileira.

Portanto, a Articulação de Mulheres Brasileiras convoca a população a assinar a Carta Aberta dirigida aos Ministros do STF, cujo texto consta NO LINK ABAIXO:

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Violência doméstica poderá ser apurada sem denúncia da vítima - Agência Câmara (DF)

Fonte da imagem: http://leimariadapenha.blogspot.com/2009_06_01_archive.html

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 5297/09, da deputada Dalva Figueiredo (PT-AP), que altera a Lei Maria da Penha (11.340/06) para determinar que a apuração do crime de violência doméstica e familiar contra a mulher será feita independentemente de denúncia da vítima. Ou seja, o Estado terá que apurar a ocorrência e punir o agressor mesmo que a mulher não se disponha a denunciá-lo.


Em vigor desde 2006, a Lei Maria da Penha criou mecanismos para coibir a violência doméstica contra a mulher e prevê medidas de assistência e proteção às vítimas.Em termos jurídicos, o projeto estabelece que o crime previsto na Lei Maria da Penha motivará uma "ação penal pública incondicionada".


O objetivo da proposta, segundo a deputada, é modificar a compreensão de diversos juízes brasileiros, que estariam condicionando o julgamento do agressor à efetiva representação da vítima.


Em março passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as vítimas de violência doméstica só têm a proteção do Estado se denunciarem pessoalmente o agressor. Para a deputada, decisões como essas vão contra o espírito da Lei Maria da Penha.




"Exigir que a mulher, para ver seu agressor punido, tenha que ir em juízo manifestar expressamente esse desejo somente contribui para atrasar ou mesmo inviabilizar a prestação jurisdicional, fragilizando as vítimas e desencorajando-as a processar o agressor", diz Dalva Figueiredo.



Ameaça e lesão leveO projeto estabelece que a representação da mulher só será exigida nos casos de ameaça ou de lesões leves ou culposas. Nessas situações, a dispensa da representação só será permitida após audiência com o juiz da ação, antes do recebimento da denúncia, e desde que ouvido o Ministério Público.


Tramitação: O projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.



Íntegra da proposta PL-5297/2009 :




Reportagem - Janary JúniorEdição - Pierre Triboli

quarta-feira, 19 de agosto de 2009