Atividades pelo fim da violência contra a mulher marcaram esse final de semana do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) – Campus Luziânia. Nesta sexta e sábado, 10 e 11 de dezembro, alunos do IFG, servidores e comunidade se mobilizaram para conscientizar a sociedade da importância de se combater e denunciar esse tipo de violência.
Foram realizadas hoje, 11, palestra sobre gênero, sexualidade e violência e caminhada com a distribuição de panfletos e folderes explicativos. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), que em 2010 completa 4 anos, foi um dos assuntos da palestra. Foram distribuídos também, durante as atividades, preservativos masculinos e femininos.
A diretora do Centro Popular da Mulher do Estado de Goiás (CPM), Norma Esther Negrete Calpiñeiro, participou das atividades que marcaram o encerramento da campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. “Há 25 anos vivemos uma luta constante pela melhora na qualidade de vida da mulher. Infelizmente, a mulher ainda é muito discriminada e é uma das principais vítimas da violência. Pesquisas mostram que a mulher é vista, ainda, como objeto”, disse Norma ao relatar sua luta pela não agressão às mulheres.
Como dica àquelas que sofrem violências, a diretora do CPM enfatizou a existência das delegacias da mulher e da Lei Maria da Penha. “A Lei existe e deve ser cumprida. Ela é clara no sentido de proteger a vida da mulher. Vamos denunciar! Não podemos ficar caladas”.
Antônia de Oliveira Souza Alves, dona de casa, participou do ato público realizado ontem, 10, em frente ao Centro de Convenções de Luziânia. “Temos que abrir a boca, pedir socorro, pois isso pode acontecer a qualquer hora e com qualquer uma de nós”, disse após dar um depoimento no qual contou que uma vizinha sofria agressões.
A Campanha
A Campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, realizada desde 1991, em 135 países, estabelece um elo simbólico entre violência contra as mulheres e direitos humanos, enfatizando o fortalecimento da auto-estima da mulher e seu empoderamento como condições para sair das situações de risco.
O tema da campanha é a aplicação e implementação da Lei Maria da Penha. Seu período de duração é de 25 de novembro a 10 de dezembro devido a quatro datas importantes na luta pelo fim da violência contra as mulheres. São elas: 25 de novembro – Dia Internacional da Não-violência contra as Mulheres; primeiro de dezembro – Dia Mundial de Combate à Aids; 6 de dezembro – data do massacre das Mulheres de Montreal, que fundamenta a campanha Mundial do Laço Branco; 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. E, no Brasil, a campanha começa um pouco mais cedo, dia 20 de novembro, devido ao Dia Nacional da Consciência Negra.