sábado, 26 de janeiro de 2008

Para a Companheira Celma Grace de Oliveira



Sentirás no teu caminhar
que a década compartilhada
com tua filha amada
abriu a porta do teu coração
para o verdadeiro amor,
amor singelo que não exige
nada em troca,
amor perene que fortalece
teu corpo, teu espírito e tua alma.
Amor que transformará tuas lágrimas
em olhares e ações dadivosas
para as outras e outros.

Encontrarás nas gotas de orvalho,
nas flores coloridas,
nos meandros dos rios,
nas nuvens carregadas
o olhar da tua amada Ana.

Enxergarás nos oprimidos,
nos famintos de justiça,
nas que lutam pela igualdade,
eliminando as iniqüidades,
a identidade de Ana Carolina;
pois, ela reproduz tua própria consciência
sendo ela tua essência,
acompanhar-te-á diariamente
no teu cotidiano trilhar.
(Norma Esther Negrete Calpiñeiro)

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A Lei mudou! Um novo olhar sobre a violência contra a MULHER :LEI MARIA DA PENHA

A União Brasileira de Mulheres e o Centro Popular da Mulher de Goiás atuam na sociedade na busca pela igualdade de direitos e respeito à dignidade da mulher. A Lei Maria da Penha, aprovada em agosto de 2006, é um resultado deste trabalho realizado por diversas entidades do país.


O que muda com a Lei Maria da Penha:


Antes: Não existia lei específica sobre a violência doméstica contra a mulher.
Agora: A mulher conta com uma lei própria para esse tipo de agressão.
Antes: Não estabelecia as formas desse tipo de violência.
Agora: A violência doméstica pode ser física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Antes: Era aplicada a lei dos juizados especiais criminais (Lei 9.099/95) para casos do tipo. As penas chegavam a até dois anos.
Agora: Esses juizados não têm mais competência para julgar crimes de violência doméstica contra a mulher.
Antes: Os juizados especiais criminais cuidavam apenas do crime. Para resolver fatores familiares (separação, pensão, guarda dos filhos), a mulher precisava ingressar outro processo na vara de família.
Agora: A lei estipula a criação de juizados especiais que abranjam todas essas questões.
Antes: Permitia a aplicação de penas pecuniárias, como as de cestas básicas e multas.
Agora: Proíbe o uso destas penas.
Antes: A mulher poderia desistir da denúncia na delegacia.
Agora: Ela só pode renunciar na presença de um juiz.
Antes: A mulher que denunciava, geralmente, não era informada quanto ao andamento dos atos processuais.
Agora: Segundo a lei, ela será notificada sobre todos os trâmites, inclusive quanto ao ingresso e a saída da prisão do agressor.
Antes: A pena para o crime de violência doméstica é de 6 meses a 1 ano.
Agora: Passa a ser de 3 meses a 3 anos.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Conheça a Lei 11.340 de 07 de agosto de 2006 - Maria da Penha

CLICK NO LINK ABAIXO E CONHEÇA NA ÍNTEGRA O TEXTO DA LEI QUE COÍBE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER


Postado por Dila Resende

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

SINAIS VERMELHOS ACESOS COM A FEBRE AMARELA SILVESTRE (Norma Esther Negrete Calpiñeiro)

A febre amarela é uma “ARBOVIROSE”, isto é: uma doença ocasionada por um vírus transmitido por um artrópode (mosquito). O vírus que produz a doença encontra-se circulando nas matas e florestas, habitat natural de animais como os macacos. Nesse ambiente, os macacos podem eventualmente serem infectados pelo vírus da febre amarela; a literatura afirma que alguns primatas são mais sensíveis que outros, infelizmente a eles, não lhes é oferecido a possibilidade de imunização (vacinas).

Para complicar este quadro, os macacos, que estão se tornando “sem floresta”, podem ser picados pelos mosquitos (gênero Haemagogus) que fazem parte do mesmo ecossistema. Este equilíbrio sofre alteração quando o Homo sapiens invade esse habitat natural sem estar devidamente vacinado contra a Febre Amarela, fazendo caso omisso das orientações emitidas pelo Ministério da Saúde (MS) que orienta a vacinação a cada 10 anos.

Neste caso, na mata ou nas proximidades desta, acontece a FEBRE AMARELA SILVESTRE: macaco infectado ---- mosquito Haemagogus-----Homo sapiens não vacinado. É importante notar que os insetos tem uma postura altamente democrática, transmitem o vírus para todos os seres humanos sem discriminar raça/cor, condição socioeconômica, idade, entre outros. Alguém afirmou que ouviu o mosquito cantar nas matas: “não vacinou? Amarelou!”.

Nessa maré amarela o alerta é mais do que evidente com relação ao desmatamento, à destruição do meio ambiente, contribuindo de maneira direta com as alterações nos ecossistemas e produzindo aumento da incidência de doenças e de agravos à saúde. Isto é válido para as febres que fazem amarelar (Febre Amarela, Malária) ou avermelhar como as hemorrágicas (Hantavirose, Dengue).

Para quem pensa que a solução é a eliminação dos primatas ou derrubar as matas, selvas e florestas a mãe terra avisa: “cada macaco no seu galho”. Na FEBRE AMARELA URBANA, não há como incriminar os macacos, pois não tem macacos e há poucos galhos nas áreas urbanas, entretanto o Homo sapiens não vacinado transporta o vírus da mata para a cidade.

Como diria Saint-Exupery “nada é perfeito”, na cidade não tem Haemagogus, mas tem o “tigre” - não tão poderoso quanto o “tigre vermelho vilanovense” - porém, com a capacidade de avermelhar (Febre Hemorrágica) e de produzir grandes estragos nas áreas urbanas, é o “tigre asiático” ou Aedes aegypti, que também atua democraticamente, oferecendo a todos o vírus amarílico e o vírus da dengue, quando assim a conjuntura das cidades e da população permitirem.

O ciclo: homem-----Aedes aegypti -----homem nos remete a lembrar que além da vacina, o Homo sapiens terá que cuidar do seu habitat melhorando a qualidade de vida e diminuindo as desigualdades sociais. Isto é valido para todas as categorias de cidadãos: os de primeira categoria, que acreditam que deslocando uma equipe de saúde exclusiva para vacinar os membros e funcionários do Poder Legislativo em certo município ajudam a resolver “o problema”; e os cidadãos das outras categorias, que necessitam da aplicação das POLÍTICAS PÚBLICAS em todos os níveis e instâncias.

Para os que se omitem voluntariamente ou por ignorância e acreditam que a Febre Amarela não se relaciona com o contexto geral da realidade, ficarão vermelhos de vergonha ao lerem a Carta Magna e os acordos que o Brasil assinou: Agenda 21, os Objetivos do Milênio, Protocolo de Kyoto, a Lei e Diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), etc. Os compromissos assumidos pelo país são coerentes e coincidentes com as POLÍTICAS PÚBLICAS visando a EQÜIDADE, JUSTIÇA SOCIAL, DIREITOS HUMANOS, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL através da redução da pobreza, da fome, das doenças, do analfabetismo e da destruição do meio ambiente.
As debilidades da Gestão da Saúde no âmbito municipal ficam expostas proporcionalmente ao tamanho das filas de pessoas nas Unidades de Saúde para serem vacinadas, evidenciando que alguns municípios não priorizam a implantação, implementação e o atuar segundo a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e das Diretrizes do SUS.

Os gestores desses municípios podem “amarelar” não em decorrência da icterícia, porém, devido ao medo das conseqüências das incompetências e responsabilidades perante a população. Esta, por sua vez, pode “avermelhar” de insatisfação ao evidenciar que o SUS, através da ESF, Vigilância em Saúde (Programa Nacional de Imunização – Vigilância Epidemiológica-Ambiental), oferece o instrumento ideal e democrático para atingir as transformações citadas anteriormente, incentivando para que mulheres e homens exerçam a cidadania e a responsabilidade compartilhada: SUS - Comunidade.

É mister homenagear neste contexto as trabalhadoras e trabalhadores da extinta SUCAM e FNS, foram elas e eles que durante décadas, em condições precárias de vida, trabalho, transporte e tecnologia, contribuíram de maneira efetiva e eficaz para que o mapa das endemias tenha melhorado neste país – continente. Foram os baluartes da Saúde Pública nos espaços urbanos e rurais longínquos, realizando ações, quando necessário, em diversos âmbitos, transformando-se em companheiros das Comunidades.

A importância das trabalhadoras e trabalhadores da FUNASA nos municípios é indiscutível. Eles contribuem no fortalecimento das ações de promoção e de prevenção da Saúde e está constatado que os dados mais confiáveis sobre a população são obtidos pelos trabalhadores da FUNASA (Endemias), aliás, eles são exemplos para os Agentes Comunitários de Saúde.

Cabe aos gestores fortalecer a integração e a interdisciplinaridade das equipes que trabalham na Saúde para que a Equipe conheça o perfil socioeconômico, epidemiológico, cultural e religioso da Comunidade que atende e pela qual é responsável.

O sinal infravermelho é ligado quando constatamos que, apesar do fácil acesso às informações e das condições socioeconômicas elevadas, alguns cidadãos não exercem a responsabilidade compartilhada (Sistema de Saúde-cidadão). Se gasta muito em viagens, lazer, turismo, etc., porém, não se gasta cinco minutos a cada década para procurar a Unidade de Saúde e ser vacinado contra a Febre Amarela.

Centro Popular da Mulher discute Planejamento Familiar com moradoras do Real Conquista

No último dia 12, o Centro Popular da Mulher, se reuniu com as moradoras do Residencial Real Conquista, como estava previsto, para discutir Planejamento Familiar. O tema foi abordado pela Advogada Ana Carolina, que apresentou a Lei Nº 9.263, que trata sobre o Planejamento Familiar. Em seguida, foram apresentados às mulheres os métodos contraceptivos, enfatizando que o SUS garante o acesso ao Planejamento Familiar através da Estratégia de Saúde da Família (ESF) .
As mulheres puderam conhecer todas as opções de contracepção disponíveis, porém foi ressaltado que somente os preservativos masculino e feminino protegem a mulher tanto de gravidez indesejada quanto das DST/Aids. As quase 30 mulheres presentes na reunião tiveram oportunidade de fazer perguntas, emitir opniões e esclarecer dúvidas sobre o assunto. Se buscou mostrar, ainda que o preservativo feminino contribui para o empoderamento das mulheres e uma maior autonomia, reforzando a capacitade de negociação com os parceiros. No final da reunião as mulheres tiveram acesso à preservativos disponibilizados pelo Centro Popular da Mulher.
O próximo encontro ficou agendado para o dia 9 de fevereiro e terá como tema principal Direitos Familiares, tema sugerido pelas participantes. Também foi agendada, uma reunião que terá como público alvo as adolescentes do Real Conquista, na qual se discutirá Adolescência e Sexualidade.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

FELIZ 2008 ( DILA RESENDE )

A cada ano que nasce, acreditamos ter um recomeço de tudo que nos leva a vitória e realizações. Na verdade, colhemos o que plantamos. Mesmo em meio a turbulências, não deixamos no ano de 2007 de acreditar no Brasil, num mundo de justiça social, de irmos a luta por igualdade de direitos entre homens, mulheres e crianças, de trabalhar pela dignidade e pelo desenvolvimento.
É tempo de pararmos para reflexão:

" Viva com determinação.A vida melhora imensamente quando você pára de deixar as coisas acontecerem e passa a fazer as coisas acontecerem. Ao invés de ser uma vítima, seja alguém que faz.
Ao invés de procurar alguém para culpar, procure pelo que você pode fazer.
Ao invés de perguntar:"Por que isso aconteceu comigo?", pergunte "O que posso fazer?" Estabeleça suas prioridades e concentre-se em seus objetivos.Nenhuma situação pode lhe derrotar quando você vive com determinação. As coisas que lhe acontecem têm uma importância
menor ao lado do que você pode fazer com elas.Seu senso de direção, seu foco, seu comprometimento e ação eficaz guiarão você em qualquer situação, não importa o que aconteça. Seja responsável – nos seus pensamentos, suas palavras, suas crenças, suas ações – pelas coisas que acontecem, e elas serão muito mais ao seu gosto.
Faça a vida acontecer e ela acontecerá para você também ".

É o que temos feito, mas podemos fazer mais.