terça-feira, 19 de agosto de 2008

NO CERRADO GOIANO, O CENTRO POPULAR DA MULHER DIVULGA A LEI MARIA DA PENHA (Norma Esther Negrete Calpiñeiro)



Existem mulheres que realizam a divulgação da Lei Maria da Penha nas suas atividades cotidianas e de forma extraordinária, pois acreditam que o conhecimento desta Lei garante a aplicação da mesma, reduzindo os casos de violência contra à população feminina.
Coincidindo com o segundo aniversário da sanção da Lei que leva o nome da mulher que é símbolo de luta contra a Violência Doméstica no Brasil, a mídia divulgou a pesquisa realizada pelo Ibope/Themis- Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero, com o apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, mostrando que a Lei Maria da Penha é de alguma forma conhecida por 68% d@s brasileir@s. A pesquisa foi realizada em 142 municípios, entrevistando 2002 pessoas no mês de julho de 2008, ao mesmo tempo esta pesquisa evidencia que a Lei é mais conhecida nas regiões Norte e Centro-Oeste (83%).
A divulgação da Lei Maria da Penha no Estado de Goiás tem estreita relação com o trabalho das entidades feministas, tais qual o CENTRO POPULAR DA MULHER/UNIÂO BRASILEIRA DE MULHERES que realiza o trabalho ora de “corpo a corpo”, ora perante platéias diferentes, amplas e heterogêneas, acreditando que todas as oportunidades são importantes e válidas para que esta Lei seja conhecida, aplicada e, sendo eficaz, coíba a violência doméstica contra as mulheres.
Nestes dois anos de lutas realizadas nos caminhos do Feminismo Emancipacionista, pelas companheiras do CPM/UBM no cerrado goiano, fui testemunha da divulgação da Lei Maria da Penha:
Aprendi com a companheira Rita Aparecida, incansável nas lutas feministas, a compartilhar conhecimentos sobre os DIREITOS das mulheres e a importância de garantir a aplicação da Lei Maria da Penha, nas proximidades da “Serra das Galés” em Paraúna, nos bairros da periferia de Goiânia como o Jardim Primavera, Real Conquista e outros, de maneira alegre, simples, coerente e ao mesmo tempo profunda, ouvindo as vozes das mulheres oprimidas e excluídas.
As ocasiões em que a companheira Lúcia, perante platéias diversas, sejam estas de mulheres jovens “funkeiras” ou jogadoras de futebol , divulgou a Lei Maria da Penha, foram importantes para sedimentar a dialética nas lutas feministas.
Constatei que a Lei Maria da Penha tem o poder de transformar a realidade das mulheres vítimas de violência doméstica, através das palavras e dos atos da companheira Ana Carolina.
Os alunos e professores de Escolas Públicas conheceram a Lei Maria da Penha em decorrência das conversas amplas e consistentes da companheira Letícia.
Testemunhei o interesse e as indagações que um dos poucos trabalhadores da Cooperativa de reciclagem de lixo fez à companheira Eline na ocasião da visita desta, às 7 horas da manhã, num dia de Março, para conversar com as mulheres que são a maioria da Cooperativa, na periferia de Goiânia. A Sabedoria de Eline, expondo a Lei Maria da Penha e as lutas dos excluídos, transformou-se em palavras de libertação para as trabalhadoras guerreiras e corajosas que ali se encontravam.
Enfim, para lembrar a importância desta Lei, no segundo aniversário da sanção da mesma, convenci a Agente Comunitária de Saúde : Regina, a falar sobre a mesma para os pacientes que estavam na sala de espera da Unidade de Atenção Básica da Saúde da Saúde da Família, onde trabalho. A emoção e a satisfação foram consideráveis quando a Regina constatou o interesse pelo tema por parte dos que ali estavam e o diálogo estabelecido com esse componente da comunidade.
Embora tenha se avançado bastante na divulgação e na aplicação da Lei Maria da Penha, há um longo caminho de trabalhos e lutas a ser percorrido pelas companheiras feministas de Goiás, e pela população feminina em particular, para garantir a aplicação desta Lei e de todas as que garantam os direitos das mulheres, produzindo cidadãs que usufruam da dignidade, do progresso, da liberdade e da justiça social.
O CENTRO POPULAR DA MULHER DE GOIÁS/UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES reafirma o compromisso de continuar lutando para garantir OS DIREITOS DAS MULHERES no estado de Goiás e no Brasil.

2 comentários:

Anônimo disse...

e maravilhoso saber q existem pessoas como vc, q luta pelos oprimidos, as vezes precisamos apenas de um empurranzinho para deslizarmos para liberdade, devemos gritar para mundo e quebrar barreiras, precoceitos. devemos olhar tbem para cças e idosos violentados, sempre q posso dou minha coloboraçao.

Anônimo disse...

e maravilhoso saber q existem pessoas como vc, q luta pelos oprimidos, as vezes precisamos apenas de um empurranzinho para deslizarmos para liberdade, devemos gritar para mundo e quebrar barreiras, precoceitos. devemos olhar tbem para cças e idosos violentados, sempre q posso dou minha coloboraçao.